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A Justiça do Rio Grande do Sul decidiu hoje (3) dividir o processo sobre o incêndio da boate Kiss, em Santa Maria (RS). O Ministério Público gaúcho denunciou em abril oito pessoas envolvidas na tragédia, sendo que quatro delas foram acusadas de homicídio doloso. Dois bombeiros são suspeitos de fraudar provas relativas à documentação da boate. Um contador e um ex-sócio do estabelecimento respondem à acusação de mentir para os investigadores.

O juiz Ulysses Louzada, da 1ª Vara Criminal de Santa Maria, escreveu em despacho que é mais conveniente separar os casos porque a fase de instrução para crimes como os de falso testemunho é mais simples e enxuta do que a adotada em acusações de homicídio.

Com a medida, afirmou Louzada, o processo sobre os dois bombeiros e os dois acusados de mentir à polícia será mais ágil. Ele citou ainda a complexidade da ação sobre as mortes, que deve exigir uma reconstituição da tragédia e a necessidade de ouvir um grande número de testemunhas.Ainda será definido se os quatro acusados de homicídio irão para o Tribunal do Júri. O incêndio da boate Kiss, ocorrido em 27 de janeiro, resultou na morte de 242 pessoas.

Quatro pessoas presas no dia seguinte à tragédia foram liberadas na semana passada: os sócios da boate Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus, e o produtor do grupo, Luciano Bonilha Leão. Os quatro foram os únicos acusados de homicídio pela Promotoria até o momento.

O magistrado também ordenou que seja feito um questionamento à Prefeitura de Santa Maria e ao Corpo de Bombeiros sobre fiscalizações realizadas e multas aplicadas em casas noturnas antes da tragédia. Ele pretende ouvir vítimas do incêndio a partir do dia 26.

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