O Núcleo de Proteção e Defesa do Consumidor de Londrina, região Norte do Paraná, instaurou nesta terça-feira uma investigação preliminar para apurar denúncias contra a Copel. Cerca de 13 famílias do Jardim União da Vitória procuraram o órgão para reclamar sobre cobranças indevidas e ações "irregulares" cometidas pela empresa.
O coordenador do Procon, Gerson da Silva, esteve nesta segunda no local para ouvir as famílias. "No sábado passado fui convidado por um grupo de moradores do bairro para comparecer lá e me explicaram os problemas. Alguns têm ligações irregulares, outros não estão cadastrados em programas assistências do governo. Mas todos querem regularizar suas situações".
A principal reclamação se relaciona aos valores cobrados pela Copel. "Algumas famílias dizem que os valores são irregulares. Quando tentam negociar direto com a Copel, a empresa pede porcentagens muito altas das dívidas e a maioria não tem condições de pagar", afirmou Silva.
A questão social também é motivo de reclamação, já que famílias consomem menos que 100 quilowatts e teriam direito ao programa estadual "Luz Fraterna". "Na verdade faremos um mutirão para resolver os problemas. É uma questão social. Para quem não tem medidor, vamos colocar. Vamos ver quem pode estar nos programas sociais e acertar suas situações. Rever os valores das dívidas e tentar renegociá-las".
Agora os casos, que antes chegam até a Copel de forma individual, serão tratados de maneira coletiva. Uma audiência de conciliação foi marcada para a próxima segunda-feira para que as partes envolvidas Procon, Copel e representantes dos moradores se pronunciem oficialmente.
"Eu tenho uma preocupação muito grande. Imaginem se dá um curto-circuito nessas instalações irregulares e pega fogo em uma das casas. Seria uma catástrofe com o fogo se alastrando rapidamente. Em pleno século 21, uma cidade como Londrina não pode ter pessoas nessa situação", concluiu Silva.
Ninguém da Copel foi encontrado pela reportagem da Gazeta do Povo Online para falar sobre o assunto.



