A professora Maria Célia dos Santos, 48 anos, da rede estadual de ensino, foi brutalmente assassinada a facadas pelo próprio filho. O crime aconteceu na noite de sexta-feira (2) em Apucarana, região Norte do Paraná.
De acordo com o delegado Marcolino Aparecido da Costa, da Polícia Civil da cidade, o jovem E.C.S.C., de 17 anos, pegou a faca que a mãe estava usando para comer uma maçã e aplicou golpes profundos por trás - na nuca e no pescoço da mãe. "O corte na nuca é tão profundo que quase dá para ver o osso da coluna", diz o delegado.
Maria foi encontrada nua no meio de uma rua próxima ao Lago Jabuti por volta de 4h30 da madrugada de sábado (3). Assim que foi identidficado o corpo, a polícia foi até a casa da professora para conversar com o jovem. "Procuramos ele porque a Maria já tinha dado queixa, por duas vezes, que o filho ameaçava ela de morte", diz o delegado.
E.C.S.C., num primeiro momento, negou a autoria do crime, mas horas depois os policiais acharam a faca usada no crime, um cobertor e roupas do jovem com vestígios de sangue. Com as provas, o jovem confessou o assassinato, mas não revelou o motivo e, de acordo com o delegado, não se mostra arrependido.
A polícia vai encaminhar ao Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba amostras do sangue do jovem para saber se ele estava sob efeitos de drogas, uma vez que ele respondia por ato de infração penal por uso e tráfico de drogas, e estava tendo acompanhamento psicológicos. E.C.S.C. disse à polícia que não estava drogado.
O adolescente está apreendido desde sábado na Delegacia de Policia Civil de Apucarana e está à disposição da Vara de Infância. O jovem, segundo Marcolino, vai responder pelo crime de homicídio qualificado e, como é menor de idade, deve ficar detido por três anos. "É um crime que se ele não fosse menor pegaria até 60 anos de cadeia", completa o delegado.
A polícia está fazendo perícia na casa da professora e deve concluir o inquérito nos próximos dias. Concluído, o inquérito será apresentado à justiça pedindo o internamento do jovem. "Ele deve ir para um Educandário em Curitiba, porque aqui (Apucarana) não temos condições de mantê-lo preso", disse Marcolino.
