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Manifestantes saíram da Praça Santos Andrades e seguiram até o Palácio das Araucárias

Cerca de mil professores e funcionários da rede estadual de ensino do Paraná realizaram uma passeata na manhã desta sexta-feira (24) por ruas do Centro e do Centro Cívico de Curitiba, como parte da paralisação nacional de 24 horas em defesa do cumprimento da lei do piso geral do magistério. Com carros de som, faixas e cartazes, o grupo complicou o trânsito por onde passou, mas não chegou a gerar confusão.

A Diretoria de Trânsito (Diretran) da Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs), acompanhou toda a manifestação e bloqueou temporariamente as ruas por onde os manifestantes passavam. Filas de automóveis chegaram a se formar, mas, nas principais vias, uma faixa foi mantida liberada para os veículos para não prejudicar ainda mais o trânsito. Ao final da passeata, o fluxo de carros estava normalizado, segundo a Diretran.

O grupo partiu por volta das 10h30 da Praça Santos Andrade em direção ao Palácio das Araucárias, sede do governo estadual. A passeata seguiu trajeto pela Rua João Negrão, Avenida Marechal Deodoro, Avenida Marechal Floriano Peixoto, Praça Tiradentes, Barão do Cerro Azul e Avenida Cândido de Abreu, até chegar à Praça Nossa Senhora de Salete, em frente ao Palácio das Araucárias, no Centro Cívico, onde se encontravam por volta das 11h30.

Por conta da paralisação, diversas escolas estaduais estão sem aulas nesta sexta-feira, segundo a APP-Sindicato. A manifestação desta manhã contou ainda com o apoio do Sindicato dos Servidores Municipais do Magistério de Curitiba (Sismmac), mas o próprio órgão informou que não fará paralisações nas escolas municipais da capital.

Audiência

Antes de a passeata terminar, por volta das 11 horas, uma comissão de professores e funcionários da rede estadual de ensino foi recebida pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed), no Palácio das Araucárias. A audiência conta com representantes da pasta, além de membros da Casa Civil do governo estadual e não tem previsão de horário para terminar.

Sem aulas

Ao longo da semana, a APP-Sindicato convocou professores e funcionários para aderir à paralisação de 24 horas desta sexta-feira. De acordo com Luiz Carlos Paixão, secretário de imprensa e divulgação a entidade, ainda não há um levantamento de quantas escolas estão sem expediente. "As primeiras informações são de que a adesão é bastante grande, mas não temos números para informar", diz. Segundo ele, pais e alunos foram avisados da paralisação em todas as escolas. De acordo com dados da APP-Sindicato, a entidade representa cerca de 70 mil professores e 20 mil funcionários de escolas estaduais na ativa.

Procurada pela reportagem, a Seed informa que está fazendo um levantamento sobre o número de escolas que estão com as atividades suspensas no estado. Os dados deverão estar disponíveis por volta das 15 horas, segundo o órgão.

Reivindicações

A mobilização nacional, coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) tem a intenção de pressionar governos e prefeituras para fazer com que a Lei 11.738, que institui o piso salarial nacional do magistério, seja aplicada nos estados e municípios, segundo Paixão. A lei entrou em vigor no dia 1° de janeiro de 2009 e prevê um piso de R$ 950. Em outubro de 2008, o governo do Paraná, junto com o Executivo do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Ceará, ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a lei. Na ocasião, o STF considerou a lei do piso constitucional, porém limitou sua abrangência até o julgamento do mérito da ação.

Segundo Paixão, além da reivindicação de âmbito nacional, os professores do Paraná aproveitam a ocasião para cobrar pontos da campanha salarial de 2009 da categoria, como a equiparação dos salários dos professores com o dos demais servidores estaduais (que representaria um aumento de 25,97%); melhorias nas condições de trabalho e saúde dos educadores; posse de funcionários aprovados em concursos públicos há mais de dois anos; e implantação do auxílio transporte para os funcionários.

Outras cidades

A APP-Sindicato promove manifestações em outros municípios do estado para chamar a atenção do poder público e da sociedade para as reivindicações da categoria. Em Londrina, no Norte do Paraná, os professores das escolas estaduais realizam um protesto no Calçadão da cidade. Segundo a direção da direção regional do sindicato, mais de mil educadores participam da mobilização.

De acordo o presidente da APP-Sindicato de Londrina, Antonio Marcos Rodrigues Gonçalves, funcionários e professores de mais de 60 escolas estaduais, das 72 existentes na cidade, aderiram ao movimento. O Núcleo Regional de Educação de Londrina não confirmou o dado e informou que ainda não foi feito um levantamento de quantas escolas não estão funcionando.

Outros atos públicos estão previstos para as cidades de Foz do Iguaçu e Cascavel, segundo a APP-Sindicato.

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