
Após tentarem por duas horas uma reunião com o prefeito Rafael Greca (PMN), os professores da rede municipal de ensino de Curitiba decidiram permanecer em greve por tempo indeterminado. Sem perspectiva de ver atendida a principal reivindicação da categoria – a implantação do plano de carreira −, os docentes falam que pelo menos 7 mil dos 10 mil profissionais da área aderiam à paralisação iniciada nesta quarta-feira (15).
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Por lei, a nova tabela salarial dos professores curitibanos deveria ter sido implantada em dezembro do ano passado, ainda na gestão de Gustavo Fruet (PDT). Até agora, porém, não há um prognóstico de quando isso vai ocorrer.
Em nota, a prefeitura afirmou que está aberta ao diálogo e que busca meios de honrar os compromissos da gestão anterior. Confira outras informações da prefeitura de Curitiba a respeito da greve dos professores.
Diante do quadro incerto, milhares de docentes estão desde as primeiras horas da manhã em frente à prefeitura. No início da tarde, representantes do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac) aguardaram por duas horas por um encontro com Greca. No entanto, como o prefeito não estava no prédio, eles foram recebidos por funcionários da Secretaria de Administração e Recursos Humanos.
Ao grupo, foram apresentadas duas propostas: formar uma comissão de negociação para definir a data-base da categoria e aguardar a formatação do pacote de ajuste fiscal prometido por Greca para, então, discutir a implantação do novo plano de carreira. Como nenhuma das duas ofertas satisfez os professores, eles se reuniram em assembleia na sequência e, por ampla maioria, decidir permanecer em greve.
Às 10 horas desta quinta-feira (16), os docentes voltarão à prefeitura e, desta vez, esperam ser recebidos por Greca.
Balanço
Das 185 escolas municipais de Curitiba, o Sismmac afirma que cerca de 140 permaneceram totalmente fechadas nesta quarta-feira (15), enquanto 30 funcionaram parcialmente.
Já a prefeitura de Curitiba informa que 42 funcionaram normalmente, enquanto 32 tiveram atendimento parcial. Com relação às creches municipais, o levantamento aponta que, dos 206 CMEIs, 89 funcionaram e 73 tiveram atendimento parcial. Do total de unidades − escolas e creches −, a administração da capital afirma que houve paralisação total em 42% dos estabelecimentos.



