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são paulo

Professores protestam contra repercussão de caso de educadora que mandou dar "varadas" em aluno

Professores da Escola Municipal José de Anchieta, em Sumaré (SP) fizeram uma manifestação na manhã desta quinta-feira (28) em frente à unidade educacional para pedir melhores condições de trabalho e protestar contra a repercussão do caso da educadora do mesmo colégio que, em um bilhete enviado aos pais de um aluno, sugeriu que fossem dadas "cintadas" e "varadas" no estudante, para educá-lo.

Com cartazes e faixas, os professores pediram para ser ouvidos por instâncias maiores para garantir seus direitos. A direção da escola informou que o protesto foi feito por professores do período da manhã e as aulas não foram interrompidas. Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que, antes do protesto, o titular da Pasta, Emílio Augusto, esteve com o corpo docente e se colocou à disposição para ouvir os professores. Segundo o secretário, durante as duas horas de reunião, diversos assuntos que envolvem a categoria foram abordados, mas o principal enfoque foi a repercussão do caso.

No dia 12 de junho, um comerciante e sua esposa receberam da professora de português do filho de 12 anos um bilhete sugerindo agressão como forma de educar o estudante: "Quer conversar com o seu filho? Se a conversa não resolver. Acho que umas cintada vai resolver (sic). Porque não é possível que um garoto desse tamanho e idade, não consiga evitar encrecas (sic). Esqueça tudo que esses psicólogos fajutos dizem e parta para as varadas", dizia o manuscrito. Após procurarem a direção da escola e enviarem a psicóloga do garoto para conversar com os professores os pais disseram não ter conseguido nenhum retorno dos educadores e, então, enviaram o bilhete à afiliada da Rede Globo em Campinas.

Segundo o pai, o filho, em tratamento após passar por diversos médicos por problemas de déficit de aprendizado, sofre bullying há ao menos dois anos. A prefeitura afastou a professora temporariamente, abriu sindicância para apurar o caso e informou que o bilhete foi encaminhado aos pais sem consentimento da direção da escola. Também informou que ofereceu acompanhamento psicológico para a educadora.

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