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Sala da Escola Omar Sabbag: em busca de melhores indicadores. | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Sala da Escola Omar Sabbag: em busca de melhores indicadores.| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

“Quando foi a última vez que você inspirou uma criança?” Essa questão motiva jovens universitários a se envolverem em um projeto dentro de uma escola municipal de Curitiba, buscando orientar as ideias dos alunos dessa instituição. O método para motivar o protagonismo de estudantes em busca de melhorias dentro da comunidade escolar é orientado também por jovens empresários da capital. Dentro de uma escola, eles sonham em expandir o projeto e criar lideranças em outros colégios.

Os integrantes da empresa Quíron procuram questionar nos alunos da educação básica o que é importante para que eles desenvolvam suas capacidades dentro das instituições e nos locais onde vivem. O método foi implantado na Escola Municipal Omar Sabbag, no bairro Cajuru, por meio de uma parceria entre a empresa, a Faculdade de Educação Superior do Paraná (Fesp) – que contratou a Quíron – e a prefeitura de Curitiba no projeto Equidades, que tenta melhorar índices educacionais em 47 escolas da rede municipal.

Duas fases

Os trabalhos, segundo o facilitador de empoderamento da empresa, André Bekker da Silveira, estão divididos em duas partes: a primeira, que se concentra em 2015, consiste em trazer motivação aos alunos da escola. “Isso serve para que eles passem a se sentir parte da escola”, diz. Ainda neste ano, um trabalho semelhante será feito com os graduandos da Fesp e, em 2016, ambos os grupos serão integrados, durante o ano letivo, para o desenvolvimento dos projetos dos alunos da educação básica.

Expansão

Outro sonho é o dos empresários da Quiron em espalhar esses métodos para potencializar os alunos nas outras escolas que integram o projeto Equidades. Para isso, entretanto, eles precisam da captação de recursos de empresas parceiras. “A gente busca padrinhos que financiem os trabalhos. Com R$ 1,5 mil [a empresa parceira] adota uma escola”, diz o co-fundador. Os tempos de crise econômica assustam, mas não intimidam os jovens empresários, pois o projeto tem potencial para mudar não apenas o ambiente escolar. “Buscamos empresas que tenham um olhar sobre o todo, de que com esse projeto vai transformar o todo, toda a comunidade, melhorar a escola, a saúde pública”, diz.

Conforme o cofundador da Quíron, Daniel Dipp, o trabalho tenta ampliar ideias das crianças com a participação de universitários, para que os graduandos se tornem mentores dos desejos dos estudantes. “Nós queremos criar esse sentimento de pertencimento do aluno à escola. Às vezes a porta está aberta [para o aluno], mas nunca disseram para ele que a porta está aberta. Aos poucos, ela [a criança] deixa de falar dos problemas e vai em busca de soluções”, diz.

Com os universitários da Fesp, o objetivo é que eles “adotem” as ideias e sonhos das crianças – e os alunos da escola – para melhorar o ambiente escolar. Segundo explica o coordenador do Centro de Extensão e Iniciação Científica da Fesp, Paulo Alberto Bastos Junior, “o mote do trabalho é em torno do sonho dessas crianças. Através dos encontros, os universitários permitirão aos alunos uma trajetória para a realização do sonho, fomentando a mentalidade empreendedora”, diz.

Plano de metas das escolas direciona as parcerias

Lançado no início de 2015 para buscar soluções para minimizar as desigualdades e dificuldades no ensino das crianças e adolescentes da rede municipal de educação de Curitiba, o projeto Equidade conta atualmente com 47 escolas. Para cada uma, foram elencadas as preferências na busca dessas soluções. Disso saiu um plano de metas de cada uma das instituições de ensino para alcançar as melhorias. Os planejamentos surgiram a partir do diagnóstico de que as unidades de ensino e comunidades são diferentes e, por isso, têm necessidades diferentes, conforme explica a diretora do departamento de ensino fundamental da Secretaria Municipal de Educação de Curitiba, Letícia Mara de Meira. Nesse sentido, a parceria vem contribuir para a necessidade da escola.

No caso da Quíron, segundo Letícia, a empresa, o parceiro e a secretaria precisam de um ponto de encontro com os interesses das comunidades escolares envolvidas no projeto. A secretaria também está em contato com outros parceiros, como diversas universidades públicas e particulares de Curitiba, para ampliar o número de parceiros e atender aos interesses escolares das 47 unidades de ensino.

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