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Mobilidade

Projeto para o metrô é escolhido; falta a verba

Proposta do consórcio Triunfo usará três modelos construtivos distintos. Município agora corre atrás de financiamento federal para viabilizar projeto

Projeto vencedor prevê cinco anos de obras, ligação do CIC ao Cabral e 14 estações | Maurilio Cheli/ SMCS
Projeto vencedor prevê cinco anos de obras, ligação do CIC ao Cabral e 14 estações (Foto: Maurilio Cheli/ SMCS)

O projeto selecionado pela prefeitura de Curitiba para balizar a construção do metrô confirmou o que já era esperado desde o início do ano: o custo da obra estimado pela antiga administração mais do que dobrou. A proposta do consórcio Triunfo Participações e Investimentos S. A. estima que serão necessários R$ 4,560 bilhões para a obra – quase o dobro dos R$ 2,340 bilhões anunciados inicialmente. O projeto atual, porém, levará o metrô da Cidade Industrial de Curitiba (CIC) até o Cabral. A versão inicial previa a primeira fase apenas até a região central.

Além dos quilômetros adicionais que serão construídos, o estouro no orçamento é justificado pela opção por três modelos construtivos distintos. Ao NATM (túnel escavado próximo à superfície) e Cut and Cover (túnel mais raso em um sistema em que se escava e cobre), que já eram previstos inicialmente, foi incorporado o método Shield, mais conhecido como Tatuzão – recomendado para longas escavações e que causa menos danos na superfície. Os dois modelos iniciais ficarão restritos à construção das estações.

Segundo o secretário de Planejamento Fábio Scatolin, a proposta do Consórcio Triunfo "foi a que mais atendeu o projeto inicial e também propõe chegar até o Cabral com mais um ano de obra." No total, serão cinco anos de obras, sendo os quatro primeiros para levar o metrô da Cidade Industrial até a Rua das Flores, no centro. Ao todo, serão 14 estações.

Empresas

O Consórcio Triunfo – que venceu o consórcio formado pela C.R. Almeida Engenharia/J.Malucelli Construtoras – é formado pelas empresas THP – Triunfo Holding de Participações Ltda e BNDESPar, uma subsidiária integral do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Os custos do projeto vencedor do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) serão ressarcidos pela empresa que vencer a licitação para construção do metrô, proporcionalmente aos 87% que serão aproveitados pela prefeitura na elaboração do edital de licitação. O porcentual foi definido pela Comissão de Gerência do Programa de Parcerias Público-Privadas do Município (CGPP).

Quando a PMI foi lançada, a prefeitura havia informado que o custo máximo previsto para reembolso do projeto era de R$ 3,5 milhões. Mas como o custo da proposta do Consórcio Triunfo não foi revelado, não há como afirmar quanto terá de ser ressarcido pelo consórcio responsável pela construção.

O metrô tem 40% do seu custo já garantidos por meio do aporte R$ 1 bilhão do Governo Federal na Lei Orçamentária Anual, além dos R$ 750 milhões disponíveis no BNDES em duas linhas de financiamento, uma para a prefeitura e outra para governo do Paraná. O restante depende da resposta do governo federal e da modelagem que será adotada na parceria público-privada.

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