
Um projeto de R$ 9 milhões quer revitalizar o centro de Ponta Grossa, nos Campos Gerais. O atual Parque Ambiental Manoel Ribas será transformado no Parque Central. Ele vai unir espaços públicos já existentes, como o centro cultural, e criar novos, como o Parque Águas de Olarias. O estudo foi desenvolvido pelo Instituto de Planejamento Urbano de Ponta Grossa (Iplan).
"A ideia é que Ponta Grossa tenha um lugar de encontro para a população", diz a arquiteta e urbanista do Iplan Nisiane Madalozzo. Os projetos serão finalizados em dezembro e as obras devem começar entre janeiro e fevereiro do ano que vem. A intenção da prefeitura é inaugurar o Parque Central em dezembro de 2015. A verba é estadual e já está no caixa da prefeitura.
Está previsto que o Parque Ambiental atual ganhe ciclovias, pistas de caminhada, pistas de corrida, novos bancos e contêineres que servirão como espaços de comércio e até o posto da Guarda Municipal. O espaço terá tendas, para aliviar os dias ensolarados, e uma nova arborização, já que a atual área tem poucas árvores.
Um terreno baldio, que pertence ao município, recebeu terraplanagem e, no novo projeto, vai ser transformado no Parque Águas de Olarias. Ele terá pistas parecidas com as do Ambiental e um anfiteatro para apresentações públicas. O córrego que passa pelo terreno será mantido e usado em ações de educação ambiental.
O projeto prevê ainda mudanças no entorno. A Rua Fernandes Pinheiro, que tem casarões antigos e foi centro comercial no fim do século 19, deve virar um calçadão. O complexo que envolve o atual Restaurante Popular, a Biblioteca Municipal e o Conservatório Dramático e Musical, também terão novo pavimento e mobiliário urbano.
Conceito
Para Nisiane, o novo conceito de espaço público que é desenvolvido no projeto pretende evidenciar o antigo armazém e as duas estações de trem, construídas no início do século 20. "Queremos lembrar à população que Ponta Grossa se desenvolveu ali, neste centro", comenta. O desenvolvimento da ferrovia no município é apontado como responsável pelo progresso da cidade no início do século passado. A velha Maria Fumaça, que está no Parque Ambiental, será mantida no projeto.
Com as mudanças previstas, o Parque Ambiental, que tem área de 47 mil metros quadrados, será ampliado para 160 mil metros quadrados, ou seja, espaço pouco menor que o do Jardim Botânico, de Curitiba, que tem 18 mil metros quadrados a mais.



