Polícia prende homem que cultivava maconha numa estufa dentro do quarto
- RPC TV
A Polícia Federal prendeu na tarde desta sexta-feira (22) um homem que usava a residência para produzir um tipo especial de maconha. Na casa, localizada no bairro Xaxim, em Curitiba, foram encontrados símbolos de religiões orientais e panfletos de festas de música eletrônica. Piero Rockenbach, 27 anos, também é acusado de vender, com entrega em domicílio, o produto ilegal.
Nas palavras da Polícia Federal, o local era uma espécie de "templo da maconha", usado para celebrar o uso do entorpecente. Comum em grandes cidades do exterior, ainda de acordo com a polícia, este é o primeiro caso registrado no Paraná. A polícia não descarta a possibilidade do "templo" ter ramificações em Curitiba ou outras cidades do estado.
No local, foi apreendida uma incubadora que cultivava a droga em condições para potencializar o tetraidrocanabinol (THC, o princípio ativo da maconha). Ainda por cima, as sementes eram importadas e geneticamente modificadas, o que fazia o efeito da droga ser ainda maior e mais valiosa no mercado. Em um dos cômodos da casa, havia um envelope com sementes com selos da Holanda.
A Polícia Federal ainda não havia contabilizado a quantidade de droga apreendida até o início desta noite. Além da maconha, foi encontrado ecstasy e cocaína. O delegado Wagner Mesquita de Oliveira, da Divisão de Repressão a Entorpecentes (DRE), disse que as drogas têm um alto valor. "Esse tipo de maconha tem um valor mais alto do que a cocaína", afirmou Oliveira. Segundo ele, as investigações começaram há mais de um ano.
O santuário era uma edícula de dois andares de cerca de 250 metros quadrados, localizada nos fundos de um terreno de uma casa de alto padrão. Aparentemente, antes de ser o ponto de adoração da maconha, o local era uma churrasqueira. Vizinhos da casa dizem que uma vez por semana, dezenas de jovens se reuniam para ouvir música eletrônica.
Oficialmente, esse tipo de música é o ganha-pão do suspeito. Rockenbach trabalha como organizador de festas rave, de acordo com a PF, e as usaria para distribuir a droga. A próxima festa estava marcada para o sábado (23).
Nenhum outro membro da família foi detido. Segundo a Polícia Federal, eles teriam alegado desconhecer as atividades feitas na casa dos fundos. A polícia impediu a reportagem de conversar com Rockenbach e seus familiares. A vizinha Elza Maria Ferreira, que mora há oito anos em frente a casa do acusado, conta que a família é reservada. "Eles mal saem na rua".
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