O Ministério Público do Paraná (MP) decidiu não oferecer denúncia à Justiça, pelo menos por enquanto, contra Karla Pronfecki, 19 anos, presa há 14 dias por suspeita de participação na morte de sua filha, Nicole, um bebê de 40 dias que teria morrido em uma queda acidental do colo da mãe. O promotor de Justiça Humberto Eduardo Puccinelli pediu à polícia que realize investigações complementares sobre o caso e à Justiça a decretação da prisão temporária por 30 dias de Karla, já que a prisão preventiva dela expiraria com o não-oferecimento de denúncia por parte do MP. Amanhã sai o resultado do exame de necropsia feito pelo Instituto Médico-Legal, que vai determinar se o bebê morreu ao cair do colo da mãe ou não.
O inquérito policial foi entregue ao MP, na última segunda-feira, sem que todas as respostas sobre o caso fossem dadas e sem o resultado dos exames periciais. Como Karla estava presa preventivamente, o não-cumprimento de um prazo de cinco dias para o oferecimento de denúncia poderia implicar na soltura dela, por isso o pedido de prisão temporária de 30 dias, que está sendo analisado pela juíza titular da Vara Criminal de Colombo, Mila Aparecida Alves da Luz. Nas mãos dela está também, desde sexta-feira, o pedido de revogação da prisão preventiva e concessão de liberdade provisória feito pela advogada de defesa de Karla, Débora Maria César de Albuquerque.
Além dos pareceres da juíza, que devem sair em poucos dias, até o fim da semana que vem saem os laudos de levantamento do local, reconstituição do crime, exame de vestes da criança, de DNA e de psiquiatria forense.
Para Puccinelli, as investigações complementares e os resultados dos exames serão essenciais para verificar a hipótese de homicídio doloso (com intenção). Segundo ele, a restrição de liberdade de Karla é também imprescindível para as novas diligências.
Para Débora, Karla tem os requisitos para responder o processo em liberdade. "Ela tem bons antecedentes, profissão e ocupação lícitas e residência fixa", diz. Segundo a advogada, Karla era babá e a família que a empregava espera que ela volte ao trabalho.



