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Universidade

Promotoria vai investigar denúncia de racismo na USP Ribeirão

O Ministério Público vai investigar os atos de racismo e preconceito contra mulheres depois da divulgação do hino da bateria da faculdade de medicina da USP Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo).

A música, com conotação sexual, é anualmente divulgada em um manual para calouros do curso e refere a mulher como a "morena gostosa", a loirinha bunduda" e a "preta imunda". "O que se faz dentro da universidade repercute na sociedade", afirmou o promotor Sebastião Sérgio da Silveira. Segundo ele, a intenção é impedir que o hino seja distribuído aos novos alunos no ano que vem.

A abertura do inquérito foi motivada por uma representação entregue ao promotor na tarde desta sexta-feira (5) e assinada por alunos da USP e movimentos sociais. "A música debocha até de mulheres com DST [doença sexualmente transmissível]", disse Inara Cipriano Firmino, 23, aluna da faculdade de direito.

A intenção do promotor é ouvir a direção da faculdade de medicina, além de alunos da bateria, e firmar um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta).

No começo de novembro, quando o caso do hino veio à tona, o professor Hélio Cesar Salgado, vice-diretor da faculdade de medicina, disse que "se surpreendeu" com a letra da música e que repudia esse tipo de atitude.

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