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O primeiro caso de infecção pela bactéria KPC (klebsiella produtora de carbapenemase) em Londrina foi registrado em abril de 2009, no Hospital Universitário (HU), em um paciente que havia sido internado no estado de Goiás. Na época, o HU suspendeu novas internações nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e restringiu o atendimento no pronto-socorro. Em julho deste ano, houve novas restrições, quando o hospital divulgou que 27 pacientes estavam infectados pela bactéria. Mas de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), foram 21 casos registrados na cidade, sem óbitos. A Sesa informou que mais situações estão sendo investigadas, ainda sem confirmações. No Distrito Federal, 17 hospitais públicos e privados registraram a infecção de pacientes com a bactéria.

Em Curitiba, de acordo com a diretora do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, Karin Regina Luhm, foram três casos registrados no Hospital de Clínicas (HC) da UFPR, de junho a agosto. Segundo a chefe do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital de Clínicas da UFPR, Marta Fragoso, os pacientes foram monitorados e não surgiram novos casos desde agosto.

Hoje há 15 pacientes no HU infectados com a KPC e 16 com outros tipos de bactérias multirresistentes. Na semana passada, dois óbitos ocorreram e os pacientes tinham a KPC no sangue. No entanto, como eram pessoas com doenças graves, não se sabe se a bactéria foi determinante para a morte. O hospital está investigando o caso.

Surtos

Os motivos para a regularidade nos surtos, de acordo com a coordenadora da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do HU, Cláudia Carrilho, se dão principalmente pela superlotação constante no hospital. "Coincidentemente, os casos aumentam nesta época e há um grande número de pacientes com a bactéria, a maioria colonizados, e não com infecções."

Para manter o número de pacientes infectados estável e não precisar de novas paralisações de atendimento, o hospital mantém medidas de controle como isolamento de pacientes, alas separadas para infectados e controle de pessoas com algum fator de risco (como transferidos de outro hospital). "Além disso, o profissional é orientado a usar avental com mangas longas, luvas e fazer a higienização das mãos várias vezes ao dia. Mas mesmo com essas medidas, a transmissão continua", diz Cláudia.

Outras bactérias

Além da KPC, várias bactérias costumam habitar os hospitais e ocasionar infecções diversas, como a staphylococcus aureus, também conhecida como estafilococo dourado. Esta bactéria é resistente aos antibióticos da classe oxacilina. Outros micro-organismos comuns responsáveis por infecções hospitalares são do grupo ESBL (Produtoras de Beta Lactamase de Espectro Estendido) e as Grã-negativas, incluindo a KPC.

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