• Carregando...
A instituição atende uma média de 137 pessoas por dia e tem um impacto significativo no recebimento de emergências do Siate | Antônio More/Gazeta do Povo
A instituição atende uma média de 137 pessoas por dia e tem um impacto significativo no recebimento de emergências do Siate| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Queimados

Referência no atendimento desse tipo de emergência, o Evangélico disse que não interrompeu o recebimento desses pacientes nesses dias, mas também não informou quantos teriam entrado na instituição nesta condição durante o fechamento do PS.

O Pronto-socorro (PS) do Hospital Evangélico de Curitiba foi reaberto por volta das 18 horas de ontem, após ter ficado mais de 48 horas fechado. A decisão foi anunciada depois de uma reunião entre os diretores da entidade e representantes da Secretaria Municipal de Saúde. Desde terça-feira, o hospital havia suspendido o atendimento de novos pacientes da emergência por falta de suprimentos básicos.

O primeiro paciente atendido após a reabertura da emergência foi o assistente administrativo Geraldo Vieira, de 59 anos, que não saiu satisfeito do hospital. Ele foi ao PS buscar uma receita de remédio controlado para sua filha de 23 anos, que sofre de tumor cerebral. Segundo Vieira, não havia médicos que pudessem atendê-lo naquele momento e ele foi orientado por uma assistente social a procurar o ambulatório do hospital na manhã de hoje. O hospital defende que o procedimento foi correto, pois apenas o médico que já cuida do caso poderia conceder as devidas receitas.

Alguns funcionários ouvidos pela reportagem comentaram que não havia chegado nenhum tipo de suprimento ao hospital até as 18 horas.

Nesse mesmo período, apenas um paciente encaminhado pelo Siate havia dado entrada no PS da instituição e as salas de espera da emergência, tanto do SUS quanto do atendimento por convênios, estavam vazias.

Via assessoria de imprensa, a instituição afirma que conseguiu sanar o problema financeiro interno que impedia o hospital de funcionar. A prefeitura informa que nenhum repasse emergencial foi feito por parte do município.

Os pacientes que perderam atendimento marcado em qualquer um dos três dias da paralisação já podem reagendar as consultas.

Ultimato

A reabertura foi anunciada depois que membros da prefeitura estiveram no hospital na quarta-feira e deram um ultimato de 24 horas para que a direção do Evangélico apresentasse um plano de ação para resolver os problemas de falta de suprimentos. Caso a entidade não enviasse um plano para normalizar a situação, o hospital correria o risco de ser penalizado com a redução dos repasses do SUS, já que não estava sendo cumprido os compromissos assumidos.

O hospital recebe dois tipos de verba do poder público que podem ser interrompidos: repasse por produtividade – atendimento aos pacientes – e incentivos do SUS por ser um hospital de "porta aberta", ou seja, por ter um pronto-socorro que, teoricamente, deveria receber quaisquer pacientes que buscassem atendimento direto com médicos do local.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]