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Saúde

Pronto-socorros continuam superlotados nos hospitais de Curitiba

O atendimento de emergências pelo Sistema Único de Saúde (SUS) dos principais hospitais de Curitiba continua a sofrer com o problema da superlotação de pacientes. Os pronto-socorros do Hospital do Trabalhador, Hospital Evangélico e Hospital Cajuru têm a estrutura e profissionais escassos e sobrecarregados para atender a grande demanda de pessoas vindas de Curitiba e região metropolitana.

Na reportagem apresentada pelo telejornal ParanáTV da RPC TV, nesta terça-feira (26), o Hospital Cajuru estava com 38 pessoas internadas na enfermaria, na segunda-feira (25). No local poderiam estar apenas 20 pacientes. Os corredores do hospital estavam lotados de pessoas. Médicos e enfermeiros trabalhavam totalmente sobrecarregados.

O diretor de emergências do Hospital Cajuru, Vinícius Filipack, afirma que a média de 180 atendimentos por dia. "Há mais pacientes internados que a capacidade real. E com isso, fica evidente que não há condições de receber pacientes externos para atendimento imediato", diz.

No Hospital do Trabalhador, ambulâncias do Siate estavam paradas na porta. A auxiliar de cozinha, Dinamar de Oliveira, conta que estava com o marido em um dos veículos e precisava de atendimento urgente, porém não conseguiu atendimento por falta de vagas no local. "Pagamos impostos e não temos saúde" diz.

Por causa da superlotação, a sala onde são atendidos pacientes em estado grave, foi transformada em uma unidade de terapia intensiva (UTI) improvisada. Rached Hajar Traya, médico do Hospital do Trabalhador, diz que a meta é sempre ter a qualidade no atendimento. Porém, quando há atendimentos além da capacidade, a qualidade do serviço é prejudicada e afetada.

No Hospital Evangélico, pacientes aguardavam horas para receber atendimento no pronto-socorro. Nos corredores, as pessoas reclamavam pela demora nas consultas.

O presidente da Federação de Hospitais do Paraná, Renato Merolli, afirma que as instalações dos hospitais são incapazes de atender a demanda de pessoas. "Necessariamente teremos que investir na região metropolitana de Curitiba (RMC) com instalações de atendimento de emergência nos maiores municípios, como Araucária, Colombo e Fazenda Rio Grande. Com isso, conseguiríamos desafogar os hospitais de Curitiba", afirma.

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