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Policial Marcos Gogola foi morto durante a escolta de um preso no último dia 5 | Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
Policial Marcos Gogola foi morto durante a escolta de um preso no último dia 5| Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

Detidos

Cinco pessoas foram presas durante as investigações que apuram os autores do resgate de um preso que acabou na morte do superintendente da Delegacia de Campo Largo, Marcos Antônio Gogola. Além dos presos, durante a operação, um suspeito foi morto pela polícia e o detento resgatado, Dionatan Mendes de Quadros, baleado durante a recaptura. Esse último está internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Nossa Senhora do Rocio, em Campo Largo. Entre os presos estão os pais de Dionatan.

Investigação

Perícia detalha chacina da família Pesseghini em São Paulo

O relatório-geral da perícia feita ao redor dos corpos da família Pesseghini deu mais detalhes para a tese que o estudante Marcelo matou a família e se suicidou. Além disso, constata-­se que todo os disparos partiram da arma que foi encontrada na mão esquerda do garoto, que era canhoto. A pistola .40 pertencia à mãe e era de uso funcional da PM.

Na mão direita de Marcelo, foram encontrados fios de cabelos, que demonstram que ele passou a mão na cabeça da mãe antes de morrer e ficou diante dos corpos dos pais até dar o disparo.

Pela dinâmica descrita no laudo, o pai foi morto pelo garoto enquanto dormia em um colchão na sala e a mãe lamentava a morte do marido quando foi alvejada.

Foi enterrado no Cemitério Municipal do Água Verde, em Curitiba, na manhã de ontem, o corpo do policial Marcos Antonio Gogola. O superintendente da Delegacia de Campo Largo foi morto por criminosos na quinta-feira durante o resgate de um preso que era escoltado por ele e um agente carcerário durante uma consulta ao dentista. O agente também foi baleado, mas sobreviveu.

Durante o velório, além de familiares e amigos, policiais civis e militares foram prestar uma última homenagem. Antes do enterro, os agentes deram uma salva de tiros para homenagear o policial morto.

Logo após o enterro, policiais seguiram em carreta para uma série de protestos pela cidade. Eles reivindicam contra a superlotação nas delegacias e presídios paranaenses. Além disso, os policiais civis do Paraná paralisam as atividades das delegacias do estado por 24 horas desde à meia-noite de quinta-feira.

O vice-presidente do Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol), Daniel Cortes, diz que o protesto ocorre depois de a entidade ter feito muitos alertas ao poder público sobre a situação caótica do sistema prisional do Paraná. "Faz tempo que mostramos a questão de segurança dentro das delegacias, não foi feito nenhum planejamento nesse sentido, um planejamento do governo".

Desvio de função

O presidente do Sinclapol, André Gutierrez, disse nesta quinta que Gogola foi morto exercendo uma função que não cabe a policiais civis. "As escoltas de presos não são de responsabilidade de policiais, cujo trabalho é investigar. Quem deve fazer este procedimento é a Seju [Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos] e a Polícia Militar", afirmou Gutierrez.

Após o enterro, os manifestantes saíram em carreata até o Palácio das Araucárias, no Centro Cívico. No prédio funciona a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju), responsável pelo sistema prisional do estado. Eles reclamaram principalmente da superlotação dos presídios e delegacias do estado.

Após o protesto na Seju, os policiais seguiram à sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e encerraram os protestos em frente da sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

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