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Vestibular

Provas da UFPR e Enem exigem habilidades diversas

Brisa Möllmann está preparada para as duas provas | Henry Milléo/Gazeta do Povo
Brisa Möllmann está preparada para as duas provas (Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo)

Nos próximos dias, vários estudantes vão enfrentar uma maratona de provas. Além da primeira fase do vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que acontece amanhã e conta com 57.068 inscritos, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) está agendado para a semana seguinte, nos dias 8 e 9 de novembro. Embora as duas provas sirvam de acesso ao ensino superior, cada uma tem as ­­suas características, desde o conteúdo até o método de correção.

A quantidade de questões é maior no Enem – são 180 perguntas nos dois dias de prova. A primeira fase do vestibular da UFPR tem 80 questões objetivas, além de uma segunda fase, com provas específicas e redação. Para 49 cursos, não há nenhuma prova adicional e o processo seletivo encerra, para os inscritos nesses cursos, com a prova de redação, no dia 30 de novembro. As provas específicas de Física, Matemática, Química, Biologia, Geografia, História, Sociologia e Filosofia terão 10 questões discursivas, valendo quatro pontos cada, totalizando 40 pontos.

Aos 17 anos, a estudante Brisa de Almeida Möllmann, do 3.º ano do ensino médio no Colégio Bom Jesus, vai fazer as duas provas pela segunda vez neste ano. "O Enem é um pouco de conhecimento de escola e um pouco de conhecimento do mundo. Na UFPR, tem muita informação e ‘decoreba’", diz. A dificuldade do Enem, para ela, está na quantidade de questões. "As da UFPR são mais objetivas, as do Enem têm textos longos", conta. Física é uma das principais dificuldades da estudante. "A Física que cai na prova da UFPR é teórica e difícil de aplicar no ­­­dia a dia, com cálculos sem muita resposta no cotidiano. No Enem é mais fácil, as questões são mais amplas e mais legais de fazer", diz.

Segundo professor de Química Robert Nespolo, do curso Dynâmico, o vestibular da UFPR pode cobrar diferentes assuntos da disciplina na mesma questão, desde a físico-química até a química geral. Entre os temas comuns, ele cita eletroquímica, radioatividade e química orgânica. "Já o Enem prioriza questões ambientais, como as causas da poluição, a combustão de compostos orgânicos", explica. Também são frequentes nos últimos anos no exame temas como termoquímica e reações orgânicas.

Os textos longos e a cobrança de uma boa leitura também estão na prova de Matemática do Enem, segundo o professor Jean Carlos Pereira da Luz, do curso Dynâmico. "De certa forma, a matemática do Enem é um pouco mais simples. Porém, a cobrança de leitura é maior", diz.

Correção

Enquanto nos vestibulares tradicionais a pontuação do aluno corresponde ao número de acertos, o modelo de correção do Enem considera o grau de dificuldade de cada questão. A Teoria de Resposta ao Item (TRI), aplicada na prova desde 2009, atribui uma pontuação com base no desempenho geral do candidato. Esse sistema consegue identificar respostas aleatórias. Por exemplo, se o aluno acerta uma questão considerada difícil, mas erra uma fácil, o TRI avalia que houve chute. Portanto, dois candidatos que acertaram o mesmo número de questões, podem ter notas diferentes.

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