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Santo André

Psiquiatra diz que Nayara não deve prestar depoimento logo após alta

"Ela está bem, mas acredito que não está preparada", disse Suely do Valle. Jovem deve receber alta na quarta: depoimento pode esclarecer crime

A adolescente Nayara Silva, que foi refém ao lado da amiga Eloá | Reprodução: Orkut
A adolescente Nayara Silva, que foi refém ao lado da amiga Eloá (Foto: Reprodução: Orkut)

A psiquiatra Suely do Valle Yatsoda, que está cuidando da estudante Nayara Silva, de 15 anos, disse na tarde desta segunda-feira (20) que a jovem não deve estar apta para prestar novo depoimento logo após ter alta na quarta-feira (22), conforme a previsão dos médicos.

"Ela está bem, mas acredito que não está preparada ainda", disse a psiquiatra do Centro Hospitalar de Santo André, no ABC. A médica disse também que, por ora, Nayara não esta usando medicamentos no tratamento, mas que é "imprevisível" saber como reagirá depois que se recuperar fisicamente. "Ela pode não ficar tão bem mais adiante. É imprevisível", disse Suely do Valle Yatsoda.

Suely cuida da saúde mental da Nayara junto com o psiquiatra Clóvis Alexandrino e as psicólogas Márcia Guerra e Célia Gone. Foi ela quem informou Nayara da morte da amiga Eloa Cristina Pimentel, de 15 anos.

Morte da amiga

O secretário de Saúde de Santo André, Homero Nepomuceno Duarte, disse na manhã desta segunda que Nayara já sabe da morte da amiga Eloá Cristina Pimentel. A adolescente chorou muito ao ser informada da morte nesta manhã por um psicólogo e por um psiquiatra do hospital.

Nayara está internada no Centro Hospitalar de Santo André, no ABC. Segundo o secretário de Saúde, a estudante chorou e disse que já esperava que isso pudesse acontecer. Os médicos não tinham dado a notícia para a estudante para não atrapalhar sua recuperação e só resolveram falar nesta segunda por considerar que seu quadro emocional era estável.

Ainda segundo Duarte, Nayara ficou triste, mas manteve o equílíbrio. A estudante passou a manhã acompanhada por psicólogos e psiquiatras. Segundo o secretário, a garota alterna períodos de negação e aceitação da situação pela qual passou. "Há momentos em que ela acredita que a situação poderia ter sido diferente e acabar bem. Tem horas que ela acha que ia acabar daquele jeito mesmo", contou.

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