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A grande surpresa da eleição para os governos estaduais vem da Bahia. Numa virada histórica, o ex-ministro do Trabalho Jaques Wagner (PT) superou o seu principal adversário, o governador Paulo Souto (PFL), e foi eleito no primeiro turno. A vitória pode ser considerada uma revanche de Wagner, que em 2002 perdeu a disputa para Souto no segundo turno. Na ocasião, o petista era considerado o favorito. A derrota do governador também pode ser estendida ao senador Antônio Carlos Magalhães (PFL), a qual Souto é ligado. ACM é o principal líder político baiano há décadas.

O primeiro estado a definir o pleito para governador foi o Espírito Santo, apontando a vitória e reeleição de Paulo Hartung (PMDB). Em segundo lugar, ficou Sergio Vidigal (PDT). Hartung também foi o candidato mais votado, proporcionalmente, do país.

No maior colégio eleitoral do Brasil, o PSDB vai continuar no poder. José Serra, prefeito de São Paulo, venceu o senador Aloísio Mercadante e comandará o quarto mandato tucano.

Após oito anos de domínio do PT, o PMDB ganhou a eleição no Mato Grosso do Sul. Nem mesmo a popularidade de Delcídio Amaral, conhecido nacionalmente por ter presidido a CPI dos Correios, que investigou o escândalo do mensalão, ajudou a superar o ex-prefeito de Campo Grande André Puccinelli, que venceu as eleições para o governo no primeiro turno.

Em Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB) venceu no primeiro turno e garantiu um segundo mandato (leia abaixo). O deputado José Roberto Arruda (PFL) foi eleito o novo governador do Distrito Federal por folgada margem de diferença contra seus adversários. Ele venceu a governadora Maria de Lourdes Abadia (PSDB), que assumiu o governo com a saída de Joaquim Roriz (PMDB) para concorrer ao Senado.

Arruda, quando era senador, foi acusado de participar da violação do sigilo do painel do Senado em parceria com senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e ficou conhecido como um dos "pianistas" do Congresso. Na ocasião, chorou e jurou pelos filhos que nada tinha a ver com aquilo. Depois renunciou.

O PT ganhou em dois estados onde aparecia como favorito. No Sergipe, o prefeito de Aracaju, Marcelo Déda, venceu com 52,63% dos votos válidos. O petista superou o atual governador do estado, João Alves (PFL). No Piauí, Wellington Dias foi reeleito. Ele confirmou o favoritismo e venceu o senador Mão Santa (PMDB).

Outro que se manteve no cargo foi o candidato do PPS Ivo Cassol. Ele superou Fátima Cleide (PT) e vai para o segundo mandato como governador de Rondônia. No Amapá, os eleitores também deram mais um mandato ao governador Waldez Goes (PDT). Em segundo lugar ficou o ex-governador João Capiberibe (PSB).

O governador Ottomar Pinto (PSDB) garantiu um segundo mandato em Roraima sem a necessidade de realização de segundo turno. Marcelo Miranda (PMDB) se manteve à frente do governo de Tocantins.

Em uma disputa marcada pelo escândalo dos sanguessugas, o governador Blairo Maggi (PPS), apoiado por mais 12 partidos, foi reeleito no Mato Grosso com larga vantagem sobre o segundo colocado, Antero Paes de Barros (PSDB). O senador Teotônio Vilela Filho (PSDB) foi eleito governador de Alagoas. No Ceará, Cid Gomes (PSB), irmão de Ciro Gomes, ganhou o pleito.

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