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Documentos falsos encontrados com o grupo e que eram usados na abertura das empresas fantasmas | Felippe Aníbal/ Gazeta do Povo
Documentos falsos encontrados com o grupo e que eram usados na abertura das empresas fantasmas| Foto: Felippe Aníbal/ Gazeta do Povo
  • Talões de cheques em nome de pessoas que já morreram também foram encontrados com os acusados

A polícia pôs fim à ação de uma quadrilha acusada de lesar bancos e grupos de lojas de móveis e eletrodomésticos em Curitiba. No fim de semana, três homens foram presos suspeitos de integrar o grupo, entre eles, um contador, que facilitava a criação de empresas fantasmas, por meio da quais os golpes eram aplicados.

Ademar Otto é apontado pela Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) como o cabeça do grupo. Ele portava documentos falsos, usando o nome de dois homens que já morreram. Com os registros falsos, ele abriu uma empresa de agropecuária e passou a realizar os golpes.

"Em nome da empresa fantasma, ele solicitava cartões de créditos e talões de cheques ao banco. O grupo chegou a fazer empréstimos em nome da empresa", disse o delegado Vinícius Martins. A polícia ainda vai fazer um levantamento do prejuízo causado com os golpes, mas só em cheques a estimativa é de que a quadrilha tenha lesado R$ 25 mil.

Segundo a polícia, a quadrilha contava com o respaldo de um contador, Celso Luiz Reichel, que também foi preso. Ele seria o responsável por viabilizar a abertura das empresas, providenciando documentos e holerites frios para dar aparência legal às fraudes. O homem apontado como sócio de Otto, André Luiz Braga de Dias, também está detido. De acordo com a DFR, todos os acusados têm passagens pela polícia por estelionato.

"Com a quadrilha, foram encontrados documentos de abertura de outra empresa fantasma. Usando os documentos frios, o grupo tinha criado uma loja de informática, o que evidencia que eles continuariam a aplicar os golpes", apontou o delegado.

Além da criação de empresas fantasmas, a quadrilha também atuava de outra forma. Segundo a DFR, uma casa alugada pelo grupo no bairro Orleans era usada como endereço para receber produtos que eram comprados por crediário, aberto usando documentos falsos. "Em diversas redes, este grupo comprou eletrodomésticos, móveis, e produtos eletrônicos em geral, lesando também o comércio", explicou Martins.

Prisão

A polícia chegou aos acusados após o banco – não identificado – ter desconfiado da ação da quadrilha. Equipes da DFR aprofundaram as investigações e constataram o golpe. Depois de armar campana na residência usada pelo grupo, os investigadores da DFR prenderam Otto no sábado (20). Com a prisão dele, os policiais chegaram aos outros acusados. De acordo com o delegado, o trio foi indiciado por estelionato, formação de quadrilha, falsificação de documentos e uso de documentos falsos.

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