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Em flagrante

Quadrilha de agiotas colombianos é presa em Pinhais

Grupo emprestava dinheiro fácil e cobrava sob ameaças graves. Polícia acredita em rede maior envolvida com lavagem de dinheiro

A Polícia Civil prendeu na tarde de ontem (20) uma quadrilha de colombianos que faziam agiotagem na região de Curitiba e Pinhais. David Rivera Lopez, 27 anos, Daniel Rivera Garcia, 20, Carlos Alberto Quintero Suellar, 40 e Carlos Arturo Morales Guapacha, 23, foram presos em flagrante quando realizavam a contabilidade do dinheiro cobrado de vítimas em um apartamento localizado na Rua Rio Piquiri, em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

No local, foram apreendidos aproximadamente R$ 5 mil em dinheiro, além de dezenas de documentos com os nomes das vítimas e quanto deviam, além de cartões nos quais cada pagamento era marcado. Computadores e celulares também foram recolhidos e devem passar por perícia nos próximos dias. A polícia espera encontrar pistas que permitam identificar a origem do dinheiro que os suspeitos emprestavam e a existência de um esquema de lavagem.

A investigação encabeçada pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) teve início após uma das vítimas, que não quis ser identificada, denunciar as ameaças sofridas por não conseguir quitar a dívida contraída com os agiotas, cujo valor só aumentava devido aos altos juros cobrados – cerca de 20% ao mês.

"Eles ofereciam dinheiro fácil sem necessidade de comprovação de renda. Depois cobravam diariamente as parcelas a juros muito mais altos do que o normal. Quem não pagava era ameaçado de morte", explicou o delegado responsável pelo caso, Mateus Laiola.

A estimativa é que em quase um ano de ação a quadrilha tenha movimentado mais de R$ 200 mil. Ainda segundo o delegado, os quatro confessaram a agiotagem, mas negaram as ameaças. Ele também acredita que há uma rede maior de colombianos sob o comando de Lopez. O líder do grupo, inclusive, já havia passado pelo Cope no início de novembro, mas na ocasião foi liberado por falta de provas.

Os quatro suspeitos, que vieram da cidade de Calí, na Colômbia, e possuíam visto de turista, o que não permite o exercício de atividades profissionais, responderão por formação de quadrilha e pelo crime de usura (agiotagem). Todos permanecem presos e estão à disposição da Justiça e da Polícia Federal.

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