Três pessoas foram presas ontem em Curitiba receptando 100 quilos de maconha. A droga foi despachada de avião na manhã de ontem de Foz do Iguaçu com destino à capital. No Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, uma operação da Polícia Federal com cães farejadores detectou a presença do entorpecente dentro de três pacotes. A polícia seguiu a encomenda até o momento da entrega e prendeu os receptadores em flagrante.
A nota fiscal da encomenda descrevia o produto como peças automotivas e o endereço de entrega era o da loja Wawa Móveis Usados, na Rua Riachuelo, no centro de Curitiba. Quando o proprietário da loja afirmou que não tinha feito tal encomenda, o funcionário da empresa de transportes foi abordado por duas pessoas que confirmaram ser os destinatários dos pacotes. Eles moravam num apartamento em frente à loja e a polícia acredita que o local era utilizado como ponto de distribuição.
"Essa droga provavelmente era comercializada em festas raves. A investigação vai continuar, agora vamos atrás de quem despachou a droga em Foz do Iguaçu", afirma Altair Menosso da Costa, chefe da comunicação social PF no Paraná.
No apartamento ainda foram encontrados celulares, rádios para comunicação e uma arma. Outras três pessoas foram levadas até a delegacia para prestar queixa: o proprietário da loja Wawa e outros dois homens que estavam no estabelecimento no momento em que a mercadoria chegou. A Polícia Federal informou o nome de apenas um dos presos, Anderson Thomas Kravinski, de 23 anos, natural de Jucas, no Ceará.
Costa afirma que o meio utilizado pelos traficantes para receber o produto foi ousado. "É muito difícil encontrar alguém que despache drogas. O risco de serem pegos é muito grande, porque a fiscalização nos aeroportos é constante", afirma. A polícia acredita que a droga veio do Paraguai. "Dependendo dos antecedentes, tráfico de drogas dá de 4 a 12 anos de prisão", diz Costa.



