Quatro pessoas dois homens e duas mulheres foram presos no início da noite de ontem, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, acusados de participação no assalto a uma agência do HSBC em Pinhais. Eles roubaram cerca de R$ 400 mil, depois de manterem o gerente da agência, a mulher e o filho dele como reféns durante toda a noite. Os suspeitos foram localizados no Jardim Ipê, por volta das 19 horas. Houve troca de tiros e um deles foi baleado e hospitalizado.
No início da noite de quarta-feira, dois assaltantes que usavam fardas da Polícia Militar renderam o gerente na saída da agência e seguiram para a casa dele, no centro de Curitiba. Quando amanheceu, os ladrões armados com fuzis e pistolas levaram o gerente até a agência e dominaram os funcionários que já estavam no local. Clientes que chegaram também foram mantidos como reféns. Segundo a polícia, todos tiveram os celulares recolhidos, para evitar qualquer tipo de pedido de socorro. Enquanto cinco homens assaltavam a agência, outros dois circulavam com a mulher e o filho do gerente, no carro da família, um Peugeot.
Por volta das 11 horas, uma cliente que ainda estava com o celular enviou uma mensagem do aparelho para uma amiga, que avisou a polícia. Quando as viaturas chegaram, no entanto, a quadrilha já havia fugido em um veículo Stilo, roubado no dia anterior. Os assaltantes deixaram o gerente e seus familiares no centro de Curitiba. Os dois carros foram abandonados.
Segundo o comandante do Policiamento da Capital, coronel Jorge Costa Filho, as pistolas e fuzis utilizados no assalto foram encontrados com os suspeitos, além de dinheiro e joias. O material apreendido será contabilizado pela Polícia Militar. Até o início da noite de ontem, não era possível saber se a quantia encontrada com o grupo foi roubada da agência em Pinhais.
Ontem à tarde, o gerente, funcionários do banco e clientes que foram mantidos como reféns foram ouvidos por policiais do Centro de Operações Especiais (Cope) da Polícia Civil. De acordo com o delegado Rodrigo Brown de Oliveira, o gerente estava abalado e classificou as horas que a família ficou sob a mira dos bandidos como "instantes de terror".



