
Cada um dos 2,5 mil quilômetros do Anel de Integração (veja que estradas ele engloba) deverá ser escaneado no segundo semestre deste ano, em busca de eventuais falhas no pavimento. O governo estadual prepara uma licitação para que equipamentos verifiquem as condições das rodovias pedagiadas do Paraná. O trabalho deve durar seis meses e pode custar até R$ 4 milhões.
A decisão de fazer uma avaliação da qualidade é consequência de auditorias feitas pelo Tribunal de Contas do Paraná (TC) há pouco mais de dois anos. O órgão de fiscalização encontrou problemas nas condições do pavimento e recomendou – sem determinar prazo ou sanções – que o governo estadual melhorasse o monitoramento do serviço prestado aos usuários.
Depois de idas e vindas entre órgãos públicos, o processo de quase 400 páginas chegou ao governador Beto Richa, para autorizar a contratação do estudo. O tipo de equipamento ainda não foi decidido – para permitir a participação de várias empresas na licitação.
Fiscalização
Ninguém no Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR) aceitou dar entrevistas sobre o assunto. Os questionamentos feitos pela Gazeta do Povo foram respondidos pela assessoria de imprensa via email. O órgão responsável pela gestão da malha pedagiada no Paraná informou que reforçou a fiscalização a partir de 2012, contratando consultorias de apoio à fiscalização. Essas equipes dão suporte aos funcionários públicos, em cada regional do DER-PR, fazendo vistoria visual dos trechos.
A qualidade do asfalto aplicado, por exemplo, é verificada apenas por amostragem. Para atender a recomendação do TC, o DER-PR tentou montar um Sistema Informatizado de Gerenciamento e Análise do Pavimento e também uma central de monitoramento. No entanto, por causa do alto custo na área de informática e ainda o ajuste fiscal exigido pela Secretaria Estadual de Fazenda, parte do projeto foi abandonada.
A empresa que será contratada terá de usar o equipamento selecionado para escanear as condições do asfalto, medindo a vida remanescente do asfalto (tempo de quanto falta para encerrar a vida útil) e avaliando toda a estrutura, como base, sub-base, revestimento primário e capa asfáltica. Também serão avaliados a aderência e o grau de reflexão das faixas de sinalização e placas e a estrutura dos acostamentos. Ao todo serão vistoriados 6.766 km de rodovias – é que são contados os acostamentos e cada sentido da faixa de rolamento.



