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Clara e Maria* ainda estão no turbilhão de emoções pela decisão de internar João*, de 84 anos, em uma casa de repouso. Há pouco mais de quatro semanas, ele ocupa um dos quartos de uma das mais antigas residências para idosos de Curitiba. Antes, a família tentou adaptar a rotina familiar com o idoso, que passou a ter necessidades especiais depois de uma queda. "Não tínhamos mais suporte emocional para cuidar dele", admite Clara, abalada com a decisão de internar o pai.

João teve piora no quadro de saúde depois de cair de uma árvore, quando estava sozinho em casa, e ficar quase uma hora aguardando socorro. A filha conta que ele foi encontrado com sangramento, o que pode ter agravado uma pré-disposição ao mal de Alzheimer, por causa de falhas na irrigação cerebral. "Lamento não termos percebido os primeiros sintomas antes. Talvez pudéssemos ter feito algo para retardar a doença. Mas toda mudança de comportamento era atribuída à idade e ao temperamento", conta.

A decisão de procurar uma ILPI veio depois de muita discussão em família. A esposa Maria não tinha condições de assumir os cuidados com o marido, mesmo com apoio profissional de enfermeiros. Para driblar a saudade, a filha visita o pai todos os dias. "E quando ele vai nos visitar em casa, logo quer voltar pra cá", conta Maria.

*Nomes fictícios

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