Rio Os provedores de internet já estão presentes em quase metade dos 5.564 municípios do país. Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, em sete anos, houve um aumento de 178% no total de cidades que passaram a contar com o serviço, mas essa elevação parece ter chegado ao teto.
Em 1999, o país dispunha de provedor em 16,4% dos municípios. Em 2006, o porcentual saltou para 45,6%. O Suplemento de Cultura da Pesquisa de Informações Básicas Municipais indica que houve uma estabilização no crescimento na comparação anual. Em 2005 o porcentual chegava a 46%.
A pesquisa investigou a oferta de "equipamentos culturais", nomenclatura usada pelo instituto para designar itens como bibliotecas públicas, lojas de disco, cinemas, teatros, ginásios esportivos, unidades de ensino superior e centros culturais, entre outros.
Presente à divulgação da pesquisa, o ministro Gilberto Gil afirmou que os resultados impressionam e têm "um gosto amargo". "A cultura ainda não é reconhecida como propulsora do desenvolvimento local."
De modo geral, os resultados indicam que a oferta de equipamentos culturais é maior na parte do país próxima ao litoral e nas cidades com maior densidade populacional. Ainda não existe biblioteca pública em 609 municípios. O único item a apresentar queda expressiva no período (entre 99 e o ano passado) foi o das livrarias (-15,5%). Em 2006, elas estavam presentes em só 30% dos municípios.
Segundo o IBGE, o resultado reflete a diversificação dos pontos de venda de livros, que agora incluem supermercados, bancas de jornais e farmácias, entre outros.
Na avaliação de Gil, no entanto, os resultados mostram que está havendo uma migração dos leitores para internet e revistas. "O índice de leitura no Brasil é baixo, assim como a edição de livros. Acreditamos que o hábito da leitura está migrando parcial e positivamente para a internet e outros meios eletrônicos", disse.



