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Apesar do fim do prazo da prefeitura de concluir a limpeza da cidade, após a greve de garis que durou oito dias, muito lixo permanece acumulado nas ruas do Rio de Janeiro, principalmente em algumas localidades da zona norte.

Em São Cristóvão, ainda há grande quantidade de lixo nas esquinas e ao redor dos postes, como afirma a moradora Valesca Amancio. Segundo ela, desde o início da greve não há coleta domiciliar na rua Ricardo Machado. O serviço, por lá, é normalmente realizado às terças, quintas e aos sábados. "Quando vim para o trabalho, ainda havia lixo do carnaval", diz.

Em Vila Isabel, como revela o arquiteto Will Senter, somente o boulevard 28 de Setembro (via principal) foi Limpa. Em nota, a Comlurb informa que o serviço será regularizado ainda hoje em bairros destas regiões, como Tijuca, Vila Isabel, Pavuna, Piedade e Marechal Hermes. No caso de São Cristóvão, a Columrb anuncia que a coleta na via foi realizada hoje.

De acordo com a prefeitura, o serviço de coleta domiciliar, que tem ciclos de roteiro alternados, foi totalmente normalizado a partir de noite de ontem. Com relação às outras ruas de Vila Isabel, ainda conforme a concessionária, o planejamento prevê a remoção dos resíduos das vias principais e secundárias e posteriormente das terciárias.

Na zona oeste a situação não é diferente. A Comlurb afirma que as comunidades estão recebendo serviços mecanizados para agilizar a completa remoção dos resíduos.Estão sendo instaladas caixas compactadoras na Gardênia Azul, Rio das Pedras e Cidade de Deus. Para garantir que o pleno funcionamento das caixas em Rio das Pedras, que muitas vezes deixam de compactar por falta de energia, hoje mesmo foi instalado um gerador no local.

Além disso, 200 contêineres só na Cidade de Deus ampliam a oferta de locais adequados para descarte do lixo.São mais de 6.520 mil garis nos bairros e comunidades da cidade trabalhando com apoio de 673 veículos e equipamentos, como caminhões compactadores, basculantes, pás mecânicas, tratores, varredeiras, ônibus e caminhões-pipa.

A iniciativa ainda tem o apoio da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos, que disponibilizou caminhões e pás mecânicas.

A operação começou nas praias da zona sul e avançou pelo centro durante a madrugada de domingo, inclusive pelas ruas da Lapa e nos arredores do Sambódromo, onde aconteceu o desfile das campeãs.

Segundo a Comlurb, mais de 3.000 garis foram mobilizados no fim de semana, além de 175 equipamentos adicionais --caminhões, pás mecânicas e varredeiras-- para melhorar os serviços de coleta e varrição do lixo acumulado nos oito dias de paralisação.

Nos dois dias do fim de semana foram removidas 18.200 toneladas de resíduos, segundo a Comlurb. No Sambódromo, uma equipe de 120 garis realizou a limpeza, retirando 15,5 toneladas. Já no desfile do Monobloco, que produziu 11,3 toneladas de lixo, foram mobilizados 150 garis, quatro caminhões compactadores, duas varredeiras e dois caminhões-pipa, além de 250 contêineres.

No último sábado, a comissão de greve dos garis venceu a queda de braço com a prefeitura e conseguiu 37% de aumento no salário-base, que deixa de ser R$ 800 para ser R$ 1.100, além do adicional de 40% por insalubridade. Os garis também conquistaram outros benefícios, como reajuste no tíquete-alimentação, que passou de R$ 12 para R$ 20 diários.

A Comlurb lembra que a limpeza da força-tarefa envolve três setores de trabalhadores para diminuir o impacto de oito dias de paralisação: garis do turno do fim de semana, trabalhadores escalados para retirar lixo dos blocos de carnaval e empregados adicionais.

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