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São Paulo - O número de focos de incêndios em áreas de proteção ambiental, como parques e reservas, cresceu 275% em 2010, em comparação com o mesmo período do ano passado. Até ontem, as unidades de conservação estaduais e federais registraram 20.905 focos de queimadas – há um ano, foram 5.562 pontos entre 1.º de janeiro e 23 de agosto de 2009. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e incluem todos os satélites que monitoram focos de calor no país.

O Parque Nacional do Araguaia, em Tocantins, era, até ontem, o recordista em focos de incêndio: 2.843, seguido da Área de Preser­vação Ambiental Triunfo do Xingu, no Pará (1.607 focos), e do Parque Estadual do Mirador, no Maranhão, com 923 focos.

O avanço expõe problemas como a escassez de equipes treinadas para conter incêndios, as dificuldades de logística para se chegar aos focos de incêndio no interior das unidades e evidencia o risco da prática agrícola de se atear fogo no solo em épocas de estiagem prolongada.

"Há regiões do Norte e do Cen­tro-Oeste onde não chove há mais de 120 dias. A vegetação mais seca e o hábito ainda muito difundido das queimadas entre os agricultores ajudam a espalhar o fogo e a si­­tuação foge do controle", afirma Luiz Cavalcante, meteorologista do Instituto Nacional de Meteo­rologia. Em São Paulo, o risco de mais queimadas levou a Com­­pa­­nhia Ambiental do Estado de São Paulo a proibir a queima da palha de cana-de-açúcar em 28 regiões.

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