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Luiz Fernando da Costa, mais conhecido como Fernandinho Beira-Mar foi condenado duas vezes pela Justiça. Uma das condenações determinou que ele deveria cumprir 11 anos de prisão por tráfico de drogas, e outra de 21 anos por tráfico e formação de quadrilha. Beira-Mar também é acusado de lavagem de dinheiro, contrabando e associação para o tráfico internacional de drogas.

Nascido na favela Beira-Mar, no município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, Beira-Mar começou no crime ainda menino, com pequenos furtos, mas logo assumiu a condição de assaltante.

Aos 20 anos, Fernandinho Beira-Mar já trabalhava para traficantes como "vapor", espécie de entregador de drogas. Mais tarde, passou a controlar a favela onde nasceu, em pouco tempo, se transformou num dos maiores vendedores de drogas do Brasil, fazendo parte da facção criminosa Comando Vermelho.

O auge de sua carreira criminosa ocorreu entre 1990 e 1995, quando abriu canais próprios de distribuição de drogas e conquistou morros como Borel, Rocinha, Chapéu Mangueira e a Favela do Vidigal. Em junho de 1996, Beira-Mar foi preso em Minas Gerais com quatro quilos de cocaína. Em março de 1997, já condenado por tráfico e formação de quadrilha, fugiu da cadeia, estabelecendo-se no Paraguai. A notoriedade do bandido, já então considerado o inimigo público número 1 da polícia do estado do Rio de Janeiro, aumentou quando investigações da CPI do Narcotráfico confirmaram sua importância para o esquema de venda de drogas no país.Extorsão

Em março do ano 2000, num depoimento por telefone à CPI, ele acusou policiais do Rio de Janeiro de extorsão. Segundo um levantamento feito na ocasião, a quadrilha do traficante mais procurado do país movimentara R$ 16,5 milhões entre 1995 e 1998. Em abril do ano 2000, Beira-Mar fugiu para a Colômbia. Ele foi acusado de se ligar aos guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), aos quais venderia armas em troca de cocaína. A droga viria não só para o Brasil, mas também seria levada à Europa e aos Estados Unidos.

No mesmo ano, foi divulgada a gravação de um telefonema, de agosto de 1999, em que o traficante comanda uma sessão de tortura de cerca de uma hora antes de ordenar a execução, a tiros, do estagiário de informática Michel Anderson Nascimento dos Santos. Michel teria tido um romance com uma ex-namorada de Beira-Mar, Joelma Carlos de Oliveira, que desapareceu. O estagiário teria sido esquartejado vivo e seu corpo também desapareceu.

No dia 21 de abril de 2001, o Exército da Colômbia, em atuação conjunta com agentes norte-americanos, prendeu Beira-Mar. O bandido foi transferido para o Brasil e levado para Brasília, onde ficou preso na carceragem da Polícia Federal. Em 2002, Beira-Mar foi transferido para o Rio, em uma decisão que causou uma crise entre autoridades federais e estaduais.Dentro de Bangu I

No Rio de Janeiro, o traficante comandou seus negócios de tráfico de dentro de uma cela de Bangu I. Em uma dessas ligações, chegou a negociar com um bandido a compra de um míssil Stinger, capaz de derrubar aviões e helicópteros. A arma, que iria para o Rio de Janeiro, foi negociada supostamente com os mesmos fornecedores da Al-Qaeda, organização de Bin Laden - o terrorista mais procurado do mundo.

Em 2003, Beira-Mar foi transferido para a unidade de Presidente Bernardes, em São Paulo, onde cumpriu Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). A Justiça determinou que ele fosse retirado do RDD por ter ficado lá acima do máximo permitido em lei, que é 360 dias. Depois de lá, Beira-Mar passou pela sede da PF de Maceió, Florianópolis e Brasília. Atualmente, Beira-Mar está preso na Penitenciária de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

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