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Pelo menos 500 famílias estão bastante preocupadas em Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba, desde o fim de março. O motivo foi uma decisão da Justiça da Comarca da cidade que sentenciou que a favela Vila União fosse desocupada.

Moradora desde 1995, ano da ocupação, Ilma Santos ficou sabendo da decisão judicial no dia 20 de março. "Fiquei desesperada. A prefeitura me informou, por telefone, que nós já poderíamos ter sido despejados", explicou. Segunda ela, os moradores não conseguem dormir, pois não sabem até quando ficarão em suas casas.

Após a comunicação, Ilma, que é da associação de moradores da vila, e mais alguns moradores se reuniram, no dia 27 de março, com representantes da prefeitura para achar uma solução. A prefeitura de Almirante Tamandaré ficou de, em até 30 dias, solicitar um estudo ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para ver se a área pode ser desapropriada. Segundo a moradora, o proprietário teria demonstrado interesse em vender a terra.

Para o secretário municipal de Habitação, Martinho Carlos de Souza, não há intenção da prefeitura em fazer a desocupação. Mas, antes da negociação, espera o laudo do IAP. Caso não haja impedimento ambiental, a secretaria deverá intermediar a compra da área. Uma das possibilidades, levantadas durante a reunião, seria a realização de um financiamento a ser pago pelos moradores.

Com a sentença judicial, os moradores irão pedir mais prazo para o recurso, pois alegam não terem sido notificados. A prefeitura está negociando mais prazo para a desocupação com o governo estadual. A Vila União possui hoje rede elétrica, de água e até uma creche.

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