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Projetos que não saem do papel também consomem recursos públicos. Nem todos os estudos e projetos para a instalação de meios alternativos de transporte que constam do acervo do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) foram desenvolvidos pelo órgão. No acervo, constam estudos elaborados por profissionais e escritórios de engenharia de outros estados, além do Instituto Jaime Lerner, que pertence ao ex-prefeito e ex-governador.

Só o estudo de viabilidade para a instalação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) elevado sobre a BR-476, desenvolvido durante o segundo mandato de Cassio Taniguchi, por exemplo, custou R$ 1,4 milhão (cerca de R$ 1 milhão para a elaboração do estudo de viabilidade e R$ 380 mil para a assessoria na elaboração do projeto). Por meio de sua assessoria, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), órgão ligado ao Ministério das Cidades, confirmou que repassou R$ 5,8 milhões para o projeto, em 2002. A reportagem tentou contato com Lerner e Taniguchi na semana passada, mas, até o fechamento desta reportagem, na sexta-feira à noite, suas assessorias não tinham dado retorno.

Dos três últimos prefeitos de Curitiba, o único que aceitou comentar o assunto foi Rafael Greca, atualmente presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar). Ao assumir a prefeitura, em 1993, Greca abandonou a idéia de instalar o VLT na cidade, conforme projeto elaborado durante a terceira gestão de Jaime Lerner. Ele defende que toda a região metropolitana deve ser pensada, e não apenas um trecho – no caso, o Eixo Norte-Sul.

"Não posso ser contra o que ainda não existe. É um dever do Ippuc pensar a cidade, mas esse pensamento deve ser metropolitano", afirma. Greca também acha que devem ser estudadas a utilização de novas formas de energia nos transportes, como a energia solar, o preço da passagem e a abrangência do sistema.

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