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Segurança

Rebelião em presídio deixa 2 mortos

Em Manaus, presos reivindicavam revisão dos horários de visita e encontros íntimos nas celas

Manaus – Dois presos foram mortos durante rebelião de 450 detentos, que durou cerca de 14 horas no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), que foi inaugurado há um ano e fica no quilômetro 9 da BR-174, em Manaus. Os presos disseram que se rebelaram para reivindicar revisão nos horários das visitas, visitas íntimas nas celas e a celeridade em seus julgamentos. Todos os presos do Ipat, que tem capacidade para 496 pessoas, são presos em regime provisório, à espera de julgamento.

Um dos mortos, o detento Toni Soares Souza, foi estrangulado pelos presos no telhado da administração da penitenciária. O outro detento, Adson da Silva Conrado, foi degolado por volta das 5 da manhã de ontem e teve seu corpo e cabeça atirados no chão do pátio externo.

A rebelião, que começou por volta das 17h30 de segunda-feira terminou às 7 horas de ontem, depois que uma comissão de direitos humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) conseguiu entrar no presídio e se reuniu com os presidiários depois da morte do segundo preso.

Feridos

Houve nove feridos não graves durante a rebelião, todos estupradores. Adson teria sido assassinado porque teria estuprado a filha de um dos presos do Ipat, entre outros crimes cometidos. Toni foi preso em julho deste ano, acusado de ter matado a filha e outras quatro pessoas e tê-las enterrado sob o piso de um quarto.

De acordo com o coordenador de Penitenciárias da Segurança Pública do Estado, Ricardo Trindade, seria iniciada ainda ontem uma sindicância para apurar se houve negligência no trabalho da Companhia Nacional de Administração Prisional (Conap), empresa terceirizada que cuida da segurança do presídio. "Se houver, eles vão ter de arcar com as despesas do que foi destruído pelos presos", afirmou.

Segundo Trindade, ainda não há estimativas do prejuízo, mas foram destruídos computadores, câmeras de segurança, material de cozinha, lavanderia e enfermaria.

No início da rebelião, os presos fizeram cinco reféns, entre agentes penitenciários e professores que trabalham no local. Nenhum deles foi ferido, segundo Trindade. Segundo o coordenador das penitenciárias, não houve fuga durante a rebelião.

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