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Tensão

Rebelião na Cadeia Pública de Foz do Iguaçu

Rebelados mantêm um agente penitenciário sobre a mira do revólver. Um agente morreu e outro está internado em estado grave

Atualizado em 19/12/2006, às 21h40

Duas mortes e seis feridos. Esse é o saldo parcial da rebelião que teve início por volta das 10h desta terça-feira (19) na Cadeia Pública Laudemir Neves, em Foz do Iguaçu. Um agente penitenciário foi morto e outro ficou gravemente ferido. Seis presos foram baleados, um deles morreu, e outras três pessoas estavam sendo mantidas reféns até as 21h, entre elas, um terceiro agente penitenciário. No início da noite, os presos disseram aos policiais que só iriam libertar os reféns na quarta-feira pela manhã.

Policiais do grupo Tático Integrado de Grupos de Repressão (Tigre) cercaram a cadeia com apoio de pelo menos 100 delegados e policiais civis, militares, federais e da Guarda Municipal. A parte superior da cadeia continua tomada pelos policiais. Revoltados, os presos queimavam colchões.

A tensão entre presos e policiais começou na manhã desta terça-feira, quando os detentos se rebelaram após uma tentativa frustrada de fuga. É a segunda rebelião no ano.

Um agente penitenciário, identificado apenas como Barbosa, permanece sob a mira do revólver de um preso. Quatro detentos, bastante feridos, foram libertados pelos presos, e outros quatro foram resgatados pela polícia pelo telhado. O agente penitenciário Alcindo Jacinto Desidério foi morto na enfermaria da cadeia.

A polícia durante toda a tarde tentou negociar com os presos, que exigiram a presença de um juiz federal, da imprensa, de um padre e um representante dos Direitos Humanos. Ainda não há informações sobre as reivindicações dos detentos. Sabe-se apenas que os rebelados estão armados e a polícia ainda não sabe como as armas entraram no presídio.

Em entrevista à rádio BandNews, o secretário de Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari, disse que é normal que os presos tentem fugir na época de Natal e Ano Novo. Garantiu que está acompanhando as negociações e lamentou a morte do agente. Delazari disse não acreditar em novas rebeliões, já que em dois dias foram registrados motins em Londrina e em Foz.

Segundo informações do telejornal Paraná TV 1.ª edição, a prisão está com quase 800 detentos e tem capacidade para apenas 350. Os detentos destruíram as celas e estão armados.

Londrina

Nesta segunda-feira, presos de Londrina fizeram quatro agentes penitenciários reféns. (Leia matéria completa)

Vídeo:Veja como foi a tentativa de negociação entre presos e um juiz federal, e o momento em que um preso é libertado.

Vídeo:Veja algumas imagens da situação do presídio na manhã desta terça-feira

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