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Educação

Rebouças tem vocação para polo estudantil

Programas de revitalização, de atração de moradia estudantil e de benefícios a empresas de alta tecnologia fazem do bairro Rebouças, em Curitiba, uma área com potencial para se tornar região universitária. No bairro há câmpus da Uniandrade, da Universidade Federal Tecnológica do Paraná, do Centro Universitário Curitiba, da Eseei e da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Futuramente também cursos da Universidade Federal do Paraná irão se instalar na extinta sede da Rede Ferroviária Federal.

A expectativa é que várias repúblicas se estabeleçam na região, para que ela transforme-se em área cultural: "Qualquer ação que dê dinâmica maior para a região é interessante para a cidade", afirma o supervisor de planejamento do Ippuc, Ricardo Bindo. A ação, baseada no incentivo à construção de apartamentos no bairro, muito interessa aos estudantes que consomem cultura. Levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 2008, mostra que 29,8% dos universitários brasileiros gastaram para ir ao cinema; 28%, com periódicos; 20,6%, com vídeo e 15%, com CD. Apenas 3% gastaram com livros didáticos.

O Rebouças também será uma das áreas atingidas pelo programa Tecnoparque, de incentivo fiscal para atração de empresas de base tecnológica. "O Tecnoparque irá incentivar que indústrias e escritórios se instalem no Rebouças. A questão do conhecimento é importante no processo tecnológico, quanto mais próximo estiver da universidade, melhor", diz Bindo.

As iniciativas englobam o bairro vizinho, o Centro. Arquitetos que participaram do projeto de estudos para revitalização da região, o Centro Vivo, apontam que o bairro tem vocação para oferecer moradias a estudantes. Segundo a arquiteta Dora Lúcia Peixoto, coordenadora do grupo de habitação, as sobrelojas ociosas do Centropoderiam ser reformadas para servir de hospedagem aos estudantes. "Pensamos no universitário porque ele não tem carro e o Centro é bem servido de linhas de ônibus."

O professor de Filosofia Política da UFPR, Emmanuel Appel, propõe também no Centro tem que se pensar em corredor cultural. "Temos que fazer com que mais casas de cultura, sebos, cinemas de arte, escolas de música e dança, pensionatos e repúblicas se instalem. Se não fizermos isso, dificilmente conseguimos recuperar o título de cidade universitária." (BMW)

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