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O representante do Uber no Brasil, Daniel Mangabeira, propôs nesta quarta-feira (9), durante audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), a criação de uma taxa que seria paga pelos motoristas do aplicativo e poderia ser revertida para um fundo de investimento na melhoria de transporte de ônibus, táxis e trens. Segundo Mangabeira, a medida será implementada na Cidade do México, onde o aplicativo já é regulamentado.

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“O pagamento dessa taxa foi uma forma que o poder público encontrou para subsidiar o transporte público através do transporte privado. A legalidade existe, a regulação não. Queremos discutir a regulação do Uber”, disse Mangabeira.

Mangabeira, que defendeu a regulamentação do aplicativo no Rio, discursou durante oito minutos diante de reiterados pedidos do deputado Dionísio Lins (PP), que preside a sessão, para que terminasse sua fala. Lins é autor de um projeto de lei que proíbe o Uber no estado do Rio. Segundo o representante do aplicativo, o sistema é legal, já que a Política Nacional de Mobilidade Urbana, de 2012, prevê a existência de transporte individual privado no país.

Já o presidente da Associação de Assistência aos Motoristas de Táxi (Amotabi), André Vieira, discursou por 23 minutos sem ser incomodado pela presidência da mesa. Vieira atacou a aplicativo, e chegou a fazer denúncias de que os dados pessoais dos passageiros, que se cadastram no Uber, são constantemente violados e até vendidos na internet:

“O Uber vende essas informações por U$ 1 na internet. Os dados do cartão de crédito do passageiro não estão seguros”, disse Vieira, muito aplaudido pela maioria dos presentes, motoristas de táxis e membros de cooperativas.

Vieira ainda apresentou números de supostos crimes atribuídos a motoristas do Uber nos Estados Unidos.

“Nos Estados Unidos já há pelo menos 32 casos de assédio sexual, 16 sequestros e duas mortes. Não sabemos quem está dirigindo esses carros”, disse Vieira.

Há duas semanas a Câmara de Vereadores do Rio aprovou um projeto de lei que proíbe a circulação de motoristas que façam transporte particular de passageiros. Uma semana depois o Uber resolveu rebater a medida - que ainda aguarda a aprovação do prefeito Eduardo Paes - e realizou uma campanha para mobilizar seus usuários contra o veto ao serviço. Cerca de 700 mil e-mails foram enviados para a prefeitura do Rio em favor do uso do Uber na cidade, de acordo com a assessoria do aplicativo.

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