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Fotografia

Retratos da identidade caiçara

Orlando Azevedo expõe na Ilha do Mel sua coleção particular de imagens do Lagamar, importante estuário paranaense

Mostra reúne 33 imagens temáticas sobre o Litoral do estado | Orlando Azevedo / Divulgação
Mostra reúne 33 imagens temáticas sobre o Litoral do estado (Foto: Orlando Azevedo / Divulgação)

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O trabalho de Azevedo foi publicado na íntegra em uma edição com 600 fotografias |

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O trabalho de Azevedo foi publicado na íntegra em uma edição com 600 fotografias

Quem estiver com uma visita agendada para a Ilha do Mel nos próximos dias pode acrescentar mais um programa ao itinerário: a partir do dia 4 de fevereiro, a Fortaleza Nossa Senhora dos Prazeres recebe a exposição "Lagamar", do fotógrafo Orlando Azevedo. A mostra reúne 33 fotografias que retratam o estuário (ambiente de transição entre um rio e o mar) do Lagamar, complexo biológico que se estende desde o município de Guaraqueçaba (PR) até Iguape e Juréia (SP).

"O Lagamar é de morrer. Além da paisagem, trata-se de um patrimônio biológico importante. Decidi documentar o Lagamar não só pela complexidade biológica, mas principalmente pela riqueza da identidade do caiçara, um ser que está sempre a navegar, cuja vida acontece em cima das embarcações, na ritualidade da pesca, isso me interessa muito", diz Azevedo.

Ilhéu nascido no Arquipélago dos Açores, em Portugal, o fotógrafo reputa esse interesse à influência que sua terra natal exerceu sobre a região do Lagamar e o Sul do Brasil de maneira geral. Agora, ele pretende retribuir às comunidades caiçaras com as quais fez contato durante a expedição distribuindo exemplares do livro resultante da aventura. "É um dever. As fotografias revelam ao caiçara um pouco da sua própria identidade."

O trabalho na íntegra foi publicado em uma edição com 600 fotografias acompanhadas de textos do arqueólogo Igor Chimz, do biólogo Paulo da Cunha Lana, do geólogo Carlos Roberto Soares e do antropólogo Antonio Carlos Diegues, sobre a cultura caiçara, a ocupação humana da região, e a riqueza natural do estuário do Lagamar.

No coração do Brasil

A exposição é resultado de uma empreitada de quatro anos (três levantando recursos e um de navegação por 20 mil km pelo estuário), que Azevedo encarou com o propósito de dar continuidade a um projeto maior, a "Expedição Coração do Brasil". Azevedo viabiliza o projeto desde 1994, com o objetivo de documentar patrimônios humanos e naturais, e já percorreu mais de 100 mil km por todo o país. O resultado pode ser conferido em cinco edições: "Homem", "Terra", "Mito", "Paraná" e "Lagamar".

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