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Ponta Grossa – A população ribeirinha ao Rio Tibagi se prepara para um novo embate contra a instalação da Usina Mauá da Serra, entre os municípios de Ortigueira e Telêmaco Borba. Eles querem barrar o leilão, marcado para outubro, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que escolherá a empresa que fará a obra. Amanhã, integrantes da Frente de Proteção do Rio Tibagi se reúnem na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Telêmaco Borba para traçar as estratégias contra a construção da hidrelétrica.

No ano passado, a usina já foi alvo de calorosas discussões entre ambientalistas e a empresa responsável por elaborar o EIA-Rima, documento exigido pelas autoridades para que a viabilidade ambiental do empreendimento possa ser avaliada e a obra autorizada. Cientistas e ambientalistas acusavam uma série de irregularidades no documento. O lago artificial da hidrelétrica alagaria uma área da Bacia do Rio Tibagi, considerada como de mega biodiversidade comparável com a Mata Atlântica.

Jorge Parachuk, integrante da Frente de Proteção do Rio Tibagi, afirma que a construção da usina trará impactos ambientais, sociais e culturais. Segundo ele, mais de 50 famílias que hoje vivem às margens do Rio Tibagi serão atingidas. "E a maior parte dessas famílias não será ressarcida", diz. Com base num levantamento do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Parachuk afirma que apenas 30% das famílias afetadas por esse tipo de situação são ressarcidas.

A reunião de amanhã vai definir as mobilizações que serão feitas. Além disso, do encontro sairá uma cartilha que mostrará os riscos ambientais que a obra trará. A Frente de Defesa do Rio Tibagi também pedirá ao Instituto Ambiental do Paraná que reveja a licença ambiental para a construção da hidrelétrica.

Serviço: a reunião ocorre às 14 horas de amanhã, no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Telêmaco Borba.

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