
O governador Roberto Requião (PMDB) anunciou ontem, de novo, a duplicação da Rodovia da Uva (PR-417), em Colombo, região metropolitana de Curitiba. A obra, de cerca de R$ 30 milhões, organizará o trânsito médio diário de 17,5 mil veículos na região, sendo 20 mil veículos entre o bairro Santa Cândida (zona norte da capital) e o Contorno Norte, e mais 15 mil veículos do Contorno Norte até o centro de Colombo. Ela será feita com recursos do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), que já repassou cerca de R$ 500 milhões para a recuperação de rodovias no estado.
O projeto prevê a duplicação de 10,4 km da rodovia, em dois lotes, com a construção de dez interseções (cruzamentos) e alguns quilômetros de vias marginais. O plano foi elaborado pela Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) há cerca de 3 anos, quando o governador anunciou a obra pela primeira vez. Segundo a Comec, ela demorou porque não havia recursos disponíveis.
"A deputada Beti Pavin (PMDB) tem insistido muito e nos convenceu da necessidade da duplicação da rodovia. Determinei que se viabilize a licitação e o início rápido da duplicação", afirmou, ontem, na abertura da reunião da Escola de Governo. Para o prefeito José Antônio Camargo, a obra trará mais segurança e conforto.
A notícia animou moradores e comerciantes da rodovia, por onde passa o trânsito pesado de caminhões oriundos do Contorno Norte, a caminho da Rodovia Régis Bittencourt (BR-116) e da Estrada da Ribeira (BR-476). A rodovia registrou 106 acidentes, com 53 feridos e dois mortos desde o ano passado, segundo a Polícia Rodoviária Estadual. Um dos pontos mais perigosos é a Curva dos Motéis, no quilômetro 1, palco de acidentes graves. Já o restante da estrada tem pista simples e trânsito intenso (73% de veículos leves).
Para Ademir Pedroso, gerente de uma loja de faróis, o anúncio precisa ser visto com cautela. "O dia que o governo colocar a placa da duplicação vamos procurar outro ponto comercial", diz, lembrando que a duplicação da Estrada da Ribeira, também em Colombo, com 89% da obra concluída, começou há anos. Mas o seu patrão, Sidney Ramos, gostou da notícia. "A duplicação vai melhorar a nossa vida."
Já o motorista João Maria Pereira, que mora perto da Rodovia da Uva, lembrou-se de um grave acidente. "Um rapaz ficou paraplégico aqui há cerca de seis anos", disse. Pereira recordou ainda que acompanhou a construção da rodovia, que já foi uma estrada de carroça usada por colonos.
Terminal do Roça Grande
A abertura do terminal de Roça Grande, também na Rodovia da Uva, em Colombo, ainda não tem data definida. O Ministério Público Federal continua o estudo para saber por que ele está fechado. Na semana passada, a população fez novo protesto para cobrar a sua abertura. Ela virou objeto de quebra-de-braço entre a Urbanização de Curitiba (Urbs) e a Comec.




