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Roubo de registros de água no PR praticamente dobrou em 2012

Segundo balanço da Sanepar, média mensal de 2011 foi de 135 roubos de hidrantes em todo o estado; no primeiro trimestre deste ano, porém, foram roubados em média 250 registros por mês

A média mensal de roubos de registros de água em todo o Paraná praticamente dobrou do ano passado para cá. Segundo um balanço realizado pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) para a Gazeta do Povo, em 2011 a média no estado foi de 135 roubos por mês. Nos três primeiros meses deste ano, foram 250 ocorrências mensais, em média. Os casos se concentram principalmente em Curitiba e nas cidades de Londrina e Foz do Iguaçu.

A jornalista Marian Guimarães conta que dois roubos foram registrados em menos de 10 dias no condomínio onde ela mora, no Centro de Curitiba, na esquina das ruas Ubaldino do Amaral com a XV de Novembro. Segundo ela, no mesmo dia do segundo delito, outros prédios da região tiveram os registros roubados.

Apenas no primeiro trimestre deste ano, o número de relógios de medição do gasto de água roubados no estado representa praticamente a metade do que foi roubado em todo o ano passado. No total, o ano passado inteiro teve 1.627 ocorrências, contra 747 nos três primeiros meses de 2012.

A cada ocorrência, dependendo da vazão de água, perde-se aproximadamente 30 mil litros por hora, o equivalente hoje a R$ 50. Além disso, há o material que é preciso repor, como o hidrômetro, o lacre e outras peças de ligação, que com a mão-de-obra somam R$ 100.

"Ou seja, a cada roubo, perde-se diretamente R$ 150. Fora o transtorno causado não só para o dono do imóvel, mas para toda a comunidade que depende do mesmo sistema de abastecimento", explica o gerente comercial da Sanepar, Luiz Carlos Braz de Jesus. Ele explica que todo o sistema de abastecimento é interligado e, quando ocorre um dano a um registro, o fluxo de água da rede pode ficar mais baixo e não chegar a outras regiões.

Para que esse valor gasto com a manutenção não saia do bolso do consumidor prejudicado, é necessário tomar algumas providências. A primeira delas é acionar imediatamente a Sanepar através do telefone 115, comunicar o ocorrido e solicitar o reparo do relógio, para evitar um desperdício maior de água.

Em seguida, explica o especialista, o consumidor deve abrir um Boletim de Ocorrência, para comunicar o roubo e, na sequência, conseguir o ressarcimento do valor gasto com a manutenção. "É muito importante que seja feito um boletim de ocorrência nesses casos. Há um decreto que regulamenta os serviços prestados pela Sanepar que afirma que a guarda e conservação do hidrômetro é de responsabilidade do cliente. Se ele não registrar na polícia o caso, a empresa pode considerar que a irregularidade é do próprio cliente", explica Luiz Carlos Braz de Jesus.

Além disso, o registro da ocorrência ajuda a Sanepar, em parceria com a polícia, a mapear e identificar as regiões com maior incidência de casos. Quando o consumidor não registra o BO, além de arcar com os R$ 150 de manutenção, há uma multa por desperdício de água que varia entre R$ 500 a R$ 1,5 mil, dependendo do tempo de vazão da água. O registro pode ser entregue na Sanepar após a ocorrência, em um dos escritórios da empresa. Confira aqui a lista dos endereços em todo o estado.

Prevenção

Para tentar evitar o roubo de relógios da água, uma dica é colocar uma caixa de proteção no hidrômetro, desde que tenha visibilidade e permita a leitura pela Sanepar. O gerente comercial explica que algumas casas e condomínios colocam uma caixa de ferro, com cadeado, que pode dificultar a ação dos ladrões.

"Qualquer solução é viável, desde que o responsável tenha em mente que a caixa deve dar acesso aos técnicos da empresa que fazem a leitura periódica do relógio", reitera Luiz Carlos. Para quem não tem uma caixa ou material em casa, a Sanepar disponibiliza uma caixa de proteção padrão, que pode ser parcelada na conta de água, e que é instalada pela própria empresa, por R$ 250.

A Companhia está estudando também um novo padrão de instalação dos hidrômetros. Neste segundo semestre, cinco mil caixas serão instaladas em um teste piloto. A ideia é instalar a ligação nos muros das casas e condomínios, com uma caixa diferenciada e mais segura.

"Mas esse é um estudo, ainda em teste, para medir se realmente a proteção é maior e se efetivamente a instalação nos muros proporciona maior segurança ao consumidor", finalizou o especialista.

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