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São Paulo permanecerá entre as cinco cidades com maior população do planeta em 2025, quando o vertiginoso crescimento das cidades asiáticas terá alterado o mapa das metrópoles. Mas precisará de políticas sociais que melhorem os indicadores de desigualdade, que estão entre os mais altos, ao lado de cidades africanas. A conclusão faz parte do "Estado Mundial das Cidades 2008/2009", desenvolvido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e divulgado ontem simultaneamente no Rio de Janeiro, em Londres, na Inglaterra, e em Bangcoc, na Tailândia.

Segundo as projeções da ONU, São Paulo (considerando a capital mais as cidades da região metropolitana) terá 21,4 milhões de habitantes em 2025, caindo do quarto para o quinto lugar no ranking das maiores cidades do mundo – e superando Cidade do México e Nova Iorque, que atualmente são a segunda e a terceira mais populosas.

Tóquio permanecerá líder e terá 36,4 milhões de habitantes daqui a 17 anos, segundo o estudo. Mumbai (Índia), Nova Déli (Índia) e Dacca (Bangladesh) vão superar São Paulo, o que revela uma tendência verificada nos últimos 20 anos. "As populações das grandes cidades encontram-se em expansão na Ásia e na África. Na América Latina, o crescimento está agora mais concentrado nas pequenas e médias cidades’’, diz a urbanista mexicana Cecília Martínez, diretora regional da NU-Habitat. Segundo ela, a primeira década do atual século marca um estágio histórico importante: "Mais de 50% da humanidade passou a viver em áreas urbanas. E, em 2030, esse percentual vai chegar a 60%’’.

Esse novo cenário impõe diversos desafios, segundo a ONU. O primeiro é aproveitar a concentração populacional nas grandes cidades para atenuar os efeitos do aquecimento global. "As cidades podem ser a solução, desde que consigamos usar essa infra-estrutura urbana, poupando áreas intocadas. Para isso será necessário melhorar o sistema de transporte nas metrópoles’’, diz Martínez.

O outro desafio será o de reduzir a desigualdade nas metrópoles dos países em desenvolvimento, em especial na América Latina. "As cidades da América Latina e da África concentram boa parte da desigualdade social do planeta, apesar dos esforços de diversos governos nacionais e locais na articulação de políticas públicas’’, disse Martínez.

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