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A confirmação de cinco novos casos de dengue, a chegada da chuva e a elevação das temperaturas fizeram a Secretaria Municipal de Saúde de Londrina, no Norte do Paraná, a alertar a população sobre sua participação no combate ao mosquito Aedes aegypti. A maior preocupação das autoridades é com a introdução no Brasil do vírus tipo 4 da dengue.

De acordo com o diretor de Saúde Ambiental da secretaria, Maurício Barros, a confirmação dos cinco casos é uma indicação de que a circulação viral da doença não foi interrompida no inverno. "São apontadas duas possibilidades para isso. Uma seria a adaptação do mosquito ao meio. A outra é o inverno atípico que tivemos, com altas temperaturas, que permitiu ao mosquito se reproduzir", disse.

Questionado sobre quais ações está tomando para evitar uma nova epidemia, Barros disse que o Município aposta no "trabalho com a sociedade". "Não fosse a parceria que tivemos com a comunidade, com as igrejas e a atuação intensa da secretaria, com certeza o quadro em Londrina seria outro. Em cidades que Londrina tem contato como Santos, São José do Rio Preto e Campo Grande [com mais de 45 mil casos] houve epidemia. Londrina não poderia ficar isolada, seria natural que os casos aumentassem. Mas a parceira com a sociedade permitiu que o cenário fosse outro. Não chegamos nem a ter surto. Mas isso precisa se intensificar novamente."

Na quarta-feira, segundo ele, a secretaria irá se reunir com cerca de 200 representantes de ferros-velhos, borracharias e ONGs que trabalham com reciclagem. "Estamos entrando em um período crítico e esses são setores mais suscetíveis à proliferação rápida do mosquito. A reunião é para chamar esses setores a entrar na luta contra a dengue", afirmou. O trabalho já foi feito com coveiros nos cemitérios e será realizado também com órgãos públicos, escolas e empresas.

Com os cinco casos novos, no ano o total é de 795 confirmações, sendo que a zona leste é a que mais tem registros (37,2%), seguida da oeste (20%), centro (17,7%), norte (12%), sul (11,9%) e distritos rurais (1,2%).

Dona de Casa

A dona de casa Rosalina Melatti está preocupada com a dengue. Ela mora na zona leste, campeã de casos da doença. "De uma semana para cá teve uma invasão de mosquito e estamos todos cheios de picadas. A nossa preocupação é que entre esses mosquitos tenha o da dengue. A gente quer que passe o fumacê, pois quando isso era feito não tínhamos problemas com mosquito", disse.

O diretor de Saúde Ambiental, Maurício de Barros, afirmou que não há indicação para o fumacê neste momento. "Ele é um veneno e, por isso, tem indicação técnica para ser passado. No mês passado, tivemos somente 11 casos de dengue e neste 5. Portanto, não há indicação. O fumacê é um veneno e temos que ter cautela com ele, para não contaminar o meio ambiente", disse.

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