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Violência

SC vive “toque de recolher”

Com transporte prejudicado, carnaval em Florianópolis terá menos festas noturnas. Prefeitura loca dez carros para ajudar PM na escolta aos ônibus

Bombeiro faz rescaldo em galpão incendiado na cidade de Navegantes: terror já dura nove dias | Marcelo Camargo/ ABr
Bombeiro faz rescaldo em galpão incendiado na cidade de Navegantes: terror já dura nove dias (Foto: Marcelo Camargo/ ABr)

Em plena abertura do carnaval, a população de Flo­­rianópolis continuará refém da onda de violência que assombra a cidade nos últimos nove dias. Mesmo com a promessa de aumento do efetivo da segurança pública nas ruas e bairros, uma espécie de "toque de recolher" deverá diminuir o ambiente de festa nas noites no centro da cidade, local preferido pelos foliões.

A prefeitura determinou que os ônibus circulem das 6 horas às 23 horas até que cessem os ataques. Os ônibus que percorrerem as linhas, especialmente as que contemplam a população residente nos morros próximos da cidade, terão o acompanhamento de escolta policial já a partir de hoje, conforme iniciativa da prefeitura, que locou 20 carros para auxiliar a PM. "Não é justo que as comunidades mais carentes sejam segregadas", justificou o prefeito César Souza Júnior.

Florianópolis é a segunda cidade catarinense com maior número de ataques desde o último dia 30, quando teve início a nova onda de violência.

As polícias de Joinville, que registrou o maior número de casos, e de Brusque, que ontem teve seus dois primeiros ataques, também já deflagraram esquema especial de segurança para a circulação de ônibus urbanos, principal alvo dos bandidos.

Ocorrências

Em todo o estado já são 75 ocorrências em 24 cidades – 31 ataques foram contra ônibus. A noite de quarta e a madrugada de ontem estão entre as mais violentas desde o início das ações criminosas. Foram nove ocorrências em menos de seis horas.

Ontem, o delegado-geral da Polícia Civil catarinense, Aldo D’Ávila, reconheceu pela primeira vez que os ataques deste ano foram ordenados de dentro das prisões. No fim da tarde, o secretário estadual de Segurança Pública, César Grubba, disse que o estado não cogita, por hora, aceitar ajuda da Força Nacional de Segurança.

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