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O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, visitou na tarde desta quarta-feira (1º) o Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte da capital fluminense. Durante caminhada, que começou na Grota e acabou na Fazendinha, ele foi abordado na Rua Joaquim de Queiroz por uma diarista de 54 anos, que reclamou de abuso por parte de um policial militar.

A mulher disse ao secretário que um PM alto e careca, usando farda preta e com identificação escondida, a empurrou contra a pia de casa durante revista "perguntando onde estava o paiol e onde estavam os traficantes". "Esse policial tentou levar R$ 2 mil da rescisão de emprego do meu filho e R$ 400 meus, além da câmera fotográfica que só paguei uma prestação", afirmou.

A diarista disse ainda que trocou insultos com o policial e que na terça-feira (30) procurou o Ônibus da Cidadania na entrada da favela para fazer sua reclamação. Ela afirmou ao secretário que apóia a operação, "mas um manezinho de um PM está querendo estragar tudo".

A mulher afirmou que teve a casa revistada duas vezes e que deixou um bilhete com seu celular na porta, caso os policiais voltem para nova varredura. "Eu alugo minha garagem para nove motos a R$ 25 por mês. Todas são legais, tenho os documentos e posso mostrar."

O secretário disse para a diarista que esse tipo de conduta por parte de maus policiais não será admitida e que haverá punições. A mulher recebeu a promessa de que pode procurar Beltrame em seu gabinete se houver novos problemas.

UPP

Durante a visita ao Alemão, Beltrame disse que as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) foram planejadas para atender a uma demanda de um território ocupado por criminosos com armas de guerra e que isso só pode ser feito vivendo um dia de cada vez.Ônibus da Cidadania

Moradores fizeram fila nesta manhã para atendimento no Ônibus da Cidadania, na entrada do Alemão. O veículo foi levado para a comunidade nesta terça, com objetivo de oferecer orientações jurídicas e esclarecimento de dúvidas sobre problemas com a ocupação da polícia.

No primeiro dia de atividade foram registrados mais de 30 atendimentos em cerca de três horas de trabalho.

Nesta quarta-feira, muitos moradores pediam informações sobre retirada de documentos.

O Ônibus da Cidadania vai ficar no Alemão por tempo indeterminado.

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