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Seis homens foram mortos por policiais militares da Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone), entre o fim da noite de quinta-feira (5) e a madrugada desta sexta-feira (6), em trocas de tiros no município de Colombo, região metropolitana de Curitiba. De acordo com o tenente João Roberto Galeto Alves, comandante da Rone, os baleados eram suspeitos de integrar uma quadrilha de 12 pessoas, que planejava realizar uma chacina durante a madrugada. Nenhum policial ficou ferido.

Alves explica que, durante a noite, o comando da divisão policial recebeu uma denúncia anônima que informava que o grupo estaria no bairro Monte Castelo em três veículos – um Polo, um Logus e um Monza. "A informação repassada era que o bando mataria uma gangue rival, em disputa pelo ponto para o tráfico de drogas" conta o tenente. "Mas não tínhamos detalhes sobre quantos seriam executados, nem o endereço exato".

Cerca de 40 policiais foram deslocados para o bairro e, em patrulhas pela região, localizaram os automóveis suspeitos, pouco antes das 23 horas. "Na tentativa de abordar os ocupantes, fomos recebidos com disparos", diz Alves. Houve troca de tiros, e três homens foram baleados, enquanto o restante do bando fugiu no veículo Polo.

Os policiais iniciaram uma perseguição e novos tiroteios, que resultaram na morte de mais três suspeitos. Os outros seis supostos integrantes da quadrilha fugiram a pé por matagais e não foram localizados. "As buscas duraram toda a madrugada. O trabalho só foi encerrado às 6 horas desta sexta", afirma o comandante da Rone.

Os três carros foram apreendidos e encaminhados à Delegacia de Alto Maracanã. Com os baleados, a polícia apreendeu sete revólveres – seis de calibre 38 e um de calibre 357 –, além de um colete à prova de balas. Segundo Alves, todos os homens alvejados seriam encaminhados ao Hospital Cajuru, em Curitiba, nos próprios veículos policiais, mas não resistiram aos ferimentos e morreram ainda no caminho. Durante a madrugada, os seis corpos foram encaminhados ao Instituto Médico-Legal (IML) da capital, mas nenhum havia sido identificado até a manhã desta sexta-feira.

Segundo o comandante da Rone, um Inquérito Policial Militar (IPM) será aberto pelo Comando de Policiamento da Capital (CPC) para apurar a conduta dos policiais. "É o procedimento padrão para casos que envolvem morte de civis durante confronto. Desta vez não será diferente", afirma.

Alves conta que na região do Monte Castelo é frequente a ocorrência de homicídios relacionados ao tráfico de drogas. "Há denúncias que dizem que integrantes da facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) estariam atuando no bairro", diz. Ele afirma que a PM continuará em patrulha pela cidade de Colombo em busca do restante da quadrilha que fugiu.

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