Desde dezembro de 2013, o soldado da Polícia Militar do Paraná (PM) Ananias Lopes, 34 anos, está fora de ação. Não consegue desempenhar suas funções após ter sido atropelado durante um patrulhamento que realizava no bairro Butiatuvinha, em Curitiba. Ele perdeu a perna direita e seu colega de patrulha Fagner Luiz da Costa, morreu no local do acidente. Sem uma prótese adequada, Lopes não pode retornar nem ao serviço administrativo. Ele reivindica a prótese no Hospital da Polícia Militar (HPM) desde outubro do ano passado, mas ainda não obteve resposta. Lopes teme ter que arcar com o custo da prótese para poder voltar a andar.
O acidente que o vitimou aconteceu na PR-418. Após perceberem um pneu furado, os dois policiais encostaram a viatura na margem da rodovia. Quando desceram do veículo foram prensados contra a viatura por outro carro. O condutor do veículo foi detido no local.
Desde então, Lopes começou uma luta pela recuperação. Ficou em coma, mas conseguiu voltar à rotina de casa - pelo menos. Com ajuda de muitos policiais colegas e outros amigos. Em outubro do ano passado, ele protocolou no hospital um pedido oficial pela prótese especificando o modelo e as características.
“Tem horas em que fico revoltado. É tanta coisa que acontece. Perdi a autoestima”, contou o soldado. Antes do atropelamento, Lopes estava construindo sua casa com as próprias mãos para economizar. Agora, no entanto, precisa contratar um pedreiro.
“Guardo dinheiro, pago o pedreiro. Depois guardo dinheiro por mais um tempo para pagar de novo. Infelizmente vai demorar (para a casa ficar pronta)”, comentou.
Para ele, o o governo estadual o deixou de lado. “Devido à essa palhaçada até prefiro me reformar. Os meus amigos do meu batalhão me valorizaram, me ajudaram e me ajudam até hoje, mas o Estado não me valorizou”, disse. Recentemente, uma vaquinha dos colegas de Batalhão conseguiu adaptar um carro modelo Honda Civic 2003 colocando o pedal do acelerador mais para o lado esquerdo.
A prótese que Lopes pede é um modelo que mescla mecanismos hidráulicos e eletrônicos. O valor dela, no entanto, pode estar dificultando o processo de aquisição pelo HPM. Ela custa R$ 150 mil. O soldado chegou a ponderar o valor e até recuaria no modelo e aceitaria uma mais barata, apenas hidráulica, mas que possibilite boas condições de movimentação. “Eu estava a trabalho. Tenho direito. Há tanto desvio de recurso, gasto desnecessário, e eu preciso da prótese”, disse.
Por nota, a PM informou que prestou toda assistência necessária ao soldado Lopes até o momento. “Agora, a prótese que o policial necessita está em fase de aquisição. No entanto, o processo está respeitando a lei orçamentária”, explica a nota.
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