O Sindicato dos Servidores Estaduais da Saúde do Paraná (SindSaúde) decidiu ontem, em assembleia da categoria, pela continuidade da greve, que segue por tempo indeterminado. A paralisação já dura nove dias. A decisão foi tomada pelos servidores durante encontro realizado em frente do Palácio Iguaçu, sede do governo do estado, em Curitiba.
De acordo com o SindSaúde, o encontro ocorreu depois de uma reunião com os representantes das secretarias da Saúde e da Administração, na qual não houve acordo entre as partes. Por meio de nota, o sindicato afirmou que o governo não apresentou "nenhuma proposta concreta" aos servidores, mas que se comprometeu a mostrar a proposta do Quadro Próprio da Saúde à categoria na próxima quarta-feira. "Os servidores consideraram que essa é apenas mais uma promessa do governo, que há três anos discute o assunto com o sindicato sem nunca ter apresentado nada de concreto", diz trecho da nota.
Também por meio de nota, o secretário da Saúde, Michele Caputo Neto, disse que o Executivo estadual está aberto a negociações. Ele lembrou que em março o governo realizou outras duas reuniões com a classe e que o diálogo com os trabalhadores é permanente. O secretário afirmou ainda que está atendendo à exigência do sindicato com relação ao projeto de lei do Quadro Próprio dos Servidores da Saúde.
Passeata
Durante a manhã de ontem, o sindicato promoveu uma passeata no Centro da capital. Também participaram do ato servidores técnicos da Universidade Federal do Paraná, que atuam no Hospital de Clínicas. Nas contas dos organizadores do protesto, 600 pessoas, na soma dos dois grupos, participaram da caminhada.
A Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) informou, via assessoria de imprensa, que cerca de 320 funcionários de um total aproximado de 9 mil aderiram ao movimento ontem e que a maioria dos participantes das passeatas é de servidores que estão de folga.
