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Operação Água Grande

Sem investimentos, Estação de Esgoto Belém opera acima da capacidade, diz PF

Durante a vistoria, um caminhão limpa-fossa foi flagrado despejando esgoto em um manancial às margens da Rua Marechal Floriano Peixoto. O veículo foi apreendido pela PF e os responsáveis pelo veículo foram detidos

Agentes da Polícia Federal (PF) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) inspecionaram na tarde desta terça-feira (25) a Estação de Tratamento de Esgostos da Sanepar do Rio Belém. A ação, iniciada ao meio dia, dá prosseguimento à "Operação Iguaçu - Água Grande", que na semana passada apontou a estatal como a maior poluidora do Rio Iguaçu.

Segundo o delegado Rubens Lopes da Silva, responsável pela investigação, 60% do esgoto bruto que chega a estação é tratado e todo o restante estaria sendo despejado no Rio Belém "in natura". A PF afirmou que a estação está operando acima da capacidade desde o ano de 2007 e sem receber investimentos em infra-estrutura por parte da Sanepar, que estaria optando por medidas paliativas no tratamento dos resíduos.

Durante a vistoria, um caminhão limpa-fossa foi flagrado despejando esgoto em um manancial às margens da Rua Marechal Floriano Peixoto. O veículo foi apreendido pela Polícia Federal e o motorista do veículo e o dono da empresa foram detidos. Na última quinta-feira (20), quando a operação foi desencadeada, outros seis motoristas foram presos pela PF na mesma situação.

O delegado da PF afirma que, mesmo a estrutura operando acima da capacidade, o despejo do esgoto não tratado no Rio Belém pode ser observado a "olhos vistos". "A operação não acabou ainda. Vamos trabalhar de forma permanente e monitorar o tratamento nas estações. Chegamos a cogitar a interdição, mas temos que dar um tempo minimamente razoável para a empresa mostrar que pretende se adequar", adianta o delegado.

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