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A Urbanização de Curitiba (Urbs) suspendeu na quarta-feira (15) o pagamento às empresas de ônibus que realizam o transporte de passageiros nos 13 municípios da Região Metropolitana de Curitiba. A suspensão, segundo a autarquia, se deve ao fato de o governo do Paraná não ter repassado o subsídio ao Fundo de Urbanização de Curitiba (Fuc). O estado é responsável pelo transporte intermunicipal.

O presidente da Urbs, Roberto Gregório, afirmou que até o momento são duas parcelas atrasadas – vencidas em 10 dezembro e janeiro -, totalizando R$ 10 milhões. Segundo Gregório, o atraso nos repasses representa uma ameaça à manutenção da Rede Integrada de Transporte (RIT). "A Prefeitura de Curitiba não pode assumir a responsabilidade pelo transporte intermunicipal. Sem o subsídio, o Fundo de Urbanização não tem condições de pagar as empresas metropolitanas", explica.

Governo do estado diz que subsídio vence dia 20 e nega atrasos

O Governo do Paraná disse que "não reconhece pendência financeira relativa ao subsídio concedido para manutenção da RIT". Em nota, a gestão Beto Richa informou que os repasses do subsídio de R$ 5 milhões são efetuados até o dia 20 de cada mês e que o valor referente a novembro foi pago em 20 de dezembro e que o subsídio relativo a dezembro vence no próximo dia 20 de janeiro – ou seja – na próxima segunda.

Além de negar a existência dos atrasos, a assessoria do governo disse ainda que "a alegação de que há inadimplência por parte do Estado e que isso afeta o funcionamento normal da RIT já foi feita pela Prefeitura de Curitiba anteriormente, sem que a situação se confirmasse".

Empresas de ônibus podem ir à Justiça

A assessoria de comunicação do Setransp informou que as empresas de ônibus vão até as últimas consequências na Justiça para cancelar a suspensão porque elas não têm nenhuma relação com o conflito entre o prefeitura e o governo. Além disso, diz o sindicato, o pagamento dessas empresas jamais esteve condicionado a um convênio do qual elas não fazem parte e que a medida adotada pela prefeitura põe em risco o pagamento do vale dos funcionários no próximo dia 20 – data definida de acordo com a legislação trabalhista. Por fim, o sindicato informou que deve protocolar uma ação judicial contra a medida ainda nesta sexta (17).

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