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Cocaína estava enterrada em três tonéis num matagal | Divulgação PF
Cocaína estava enterrada em três tonéis num matagal| Foto: Divulgação PF

Advogada diz que multa ainda está valendo

A advogada Rogéria Dotti, que representa a multinacional Syngenta Seeds, disse que o início da desocupação dos integrantes da Via Campesina não representa a suspensão da multa diária de R$ 2 mil ao governador Roberto Requião (PMDB).

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Cascavel – Poucas horas antes de terminar o prazo dado pela Justiça para que o governo do estado fizesse a reintegração de posse da fazenda da multinacional Syngenta Seeds, os integrantes da Via Campesina começaram a sair voluntariamente, ontem à tarde, da área em Santa Tereza do Oeste, na região de Cascavel. Os sem-terra informaram a decisão ao oficial de justiça Adélcio Renosto, que foi ao acampamento acompanhado de uma equipe da Polícia Militar, mas pediram um prazo de uma semana para completar a retirada.

Em nota oficial, a Via Campesina informou que se trata de mais uma retirada estratégica. "Nossa luta continua e não desistimos dessa área, que queremos transformar num centro de agroecologia", disse Celso Ribeiro Barbosa, um dos líderes do movimento. Para ele, o assunto está longe de terminar.

Conforme a decisão do juiz da 1.ª Vara Cível de Cascavel, Fabrício Priotto Mussi, terminou à meia-noite de ontem o prazo de 15 dias para que o Estado providenciasse a ordem de reintegração de posse da área. Caso a ordem não fosse cumprida, o governador Roberto Requião passaria a ser multado a partir de hoje, em R$ 2 mil, diariamente. O governador chegou a entrar com um recurso no Tribunal de Justiça na tentativa de derrubar a multa, mas na noite de ontem a ação ainda não havia sido analisada.

Barbosa disse ontem que as primeiras famílias começaram a ser transferidas para uma área de assentamento denominada Olga Benari. "As nossas famílias vão ficar lá provisoriamente até que nos chegue alguma outra orientação", disse Barbosa.

O oficial de justiça, que foi ao local ontem, já havia estado no acampamento há pouco mais de 20 dias, quando tentou negociar, sem sucesso, uma retirada voluntária das cerca de 70 famílias. "Agora fiquei sabendo pela Polícia Militar que eles estavam dispostos a sair voluntariamente do local e fui até lá."

O comandante da Polícia Militar de Cascavel, major Celso Luiz Borges, disse que recebeu orientação da Secretaria de Estado da Segurança de Pública para enviar uma equipe para acompanhar o oficial de justiça. "Foi só uma equipe porque a coordenação do movimento já havia avisado a secretaria sobre a decisão de sair", disse.

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