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Syngenta

Sem-terra querem transformar fazenda em centro de produção de sementes

Integrantes da Via Campesina, que há um mês ocupam um centro de pesquisas de transgênicos perto de Cascavel, no Oeste do Paraná, dizem que vão morar na fazenda e transformá-la em centro de produção de sementes naturais.

O centro de pesquisa da empresa Syngenta está fechado desde a invasão da fazenda, em 14 de março. Na época, integrantes da Via Campesina ocuparam a área, de 123 hectares, no município de Santa Tereza do Oeste, alegando que a fazenda estava desrespeitando a legislação ambiental com o plantio de soja transgênica perto do Parque Nacional do Iguaçu, o que é proibido por lei.

De acordo com o Ibama, o plantio de variedades geneticamente modificadas só poderia ser feito a dez quilômetros de distância do parque e a lavoura está a seis quilômetros. Por isso, o Ibama interditou a lavoura. A soja está no ponto de colheita, mas até agora não há autorização para a retirada dos grãos.

A empresa conseguiu a reintegração de posse e cabe à Secretaria de Segurança fazer cumprir a determinação judicial, mas até agora nada foi feito. Ninguém da secretaria quis gravar entrevista ao ParanáTV.

Enquanto a questão está na Justiça, na fazenda experimental, cem famílias da Via Campesina fazem planos de transformar o local num centro de distribuição de sementes naturais.

A Secretaria de Segurança informou que a Comissão de Mediação de Conflitos Agrários está negociando a retirada pacífica dos integrantes da Via Campesina. A empresa Syngenta, dona da fazenda, afirma que recorreu da multa de R$ 1 milhão aplicada pelo Ibama e que tem autorização para fazer pesquisas com sementes transgênicas.

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